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Uma leprosa envergonhou-me

«Fontilles» de Joseaperez - Trabajo propio. Disponible bajo la licencia GFDL vía Wikimedia Commons - http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fontilles.JPG#mediaviewer/File:Fontilles.JPG

«Era de tardinha na leprosaria de Fontilles, Espanha. Depois de atender os meus leprosos, saí da enfermaria para espairecer um pouco. E rezar o terço. O meu caminho passava diante da capela. Entrei e ajoelhei-me num dos bancos.

Na penumbra do santuário percebi que lá na frente junto ao presbitério havia alguma coisa, alguma figura que se movia pouco.  Os contornos foram-se definindo e, finalmente, não havia dúvida: era uma mulher ajoelhada e com os braços em cruz.

Aquela cena mexeu comigo, me chamou a atenção e fiquei a olhar aquele espetáculo, sobre o qual todo o céu devia estar debruçado. Os dois braços pareciam terminar em mãos fechadas.

Observando melhor percebi que eram mãos sem dedos! Eram mãos leprosas. E estavam em cruz! Como se a lepra não fosse já uma cruz e a pobre mulher não estivesse já crucificada. De vez em quando, os braços caíam para um breve descanso; depois subiam de novo…

A mulher estava absorta em oração diante do crucificado, alheia ao que se passava em torno de si.

Lembrei-me aí de Moisés no alto do monte a rezar. Só que o velho patriarca tinha dois homens a segurar-lhe os braços, e aquela mulher estava só, crucificada na sua lepra.

Senti uma vontade enorme de trazer o mundo inteiro para dentro daquele pequeno templo. Especialmente o mundo elegante e vazio, que vende a alma ao conforto e à preocupação com o corpo.

Depois da comoção, comecei a sentir vergonha. Vergonha por mim mesmo e pelo mundo, pelos homens e mulheres do meu tempo. Vergonha por ver que nós, pecadores, não fazemos a penitência de que precisamos…»

                                                                                    

                                                                                       Pe. Héber de Lima, S. J.

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Antífonas do Ó – II

Antífona de 18 de Dezembro

O Adonai et Dux domus Israel, qui Moysi in igne flammæ rubi apparuisti et ei in Sina legem dedisti: Veni ad redimendum nos in brachio extento

   Ó guia de Israel, que no monte do Sinai, orientastes a Moisés, oh, vinde redimir-nos, com braço estendido!

Como receberei o Rei em minha casa?

    Que feliz sairia daqui um homem a quem dissessem: – “O rei virá amanhã a tua casa para fazer-te grande mercê!” Acho que não almoçaria de tanta alegria e preocupação nem dormiria durante toda a noite, pensando: “O rei virá a minha casa, como lhe prepararei pousada?”

   Irmãos, digo-vos que Deus quer vir a vós e que traz consigo um reino de paz, como já ouvistes. Bendita seja a sua misericórdia e glorificado o seu santo nome!

   Quem vos saberia dizer com que tempero devemos condimentar este manjar? Como?  Se Ele é o próprio Deus e o ofendido, e nós homens e os que ofendemos; se é nosso lucro da hospedagem e Ele quem no-la está pedindo, seremos nós a desprezá-lo? E que pensar se soubermos que Deus está a porta dos corações? Pensais que está longe? Está batendo à porta.

Deus está batendo à minha porta

   – “Oh, padre! Não é possível que Ele esteja tão perto como dizeis, porque cometi tal e tal pecado e o expulsei para muito longe de mim, e com certeza está muito magoado comigo”.

   Eis que estou à porta e bato, diz Ele. Se alguém me abrir a porta, entrarei (cf. Apoc 3,20). Pensais que Deus é como vós que, se vos causam um pequeno aborrecimento ou vos perseguem, logo excluís o próximo do vosso amor?

   Como podeis pensar que, por vós não perdoardes, Deus também não perdoa?

Deus nos pede compaixão

   Diz o pecador quando peca: – “Retirai-vos de mim, Senhor, porque não Vos amo!”. E Deus sai da casa, e põe-se à porta, e fica chamando: – “Abre-me, minha esposa, minha amiga; ficarei aqui até que, por compaixão, venhas a mim e me abras”.

    Não minto: Ele nos pede que, por compaixão, lhe abramos a porta!

   É espantoso que Deus nos peça pousada por compaixão e nos diga:  – “Abre-me, que não tenho para onde ir”. E quando um coração tocado por Ele toma consciência disso, não há nada que mais o cative de amores ou o derreta. E assim dizia Santo Agostinho: “Eu fugia de Ti, Senhor, e Tu corrias atrás de mim”.

A porta não abre

   Por que não quereis abrir a Deus? Quem estará dentro de ti para não quereres abrir? E se aquele que bate e diz: – “Minha esposa, eu morri por ti e, para que tivesses tranquilidade, passei por muitos sofrimentos”, é o próprio Deus! Alguma coisa contrária está dentro de ti, por cujo amor não lhe queres abrir. Peço-vos que me digais: o que é que cativa tanto o vosso coração, que por isso não quereis receber a Deus e vossa casa neste Natal?

Oração

   “Ó Adonai, Deus, vinde para nos remir pelo poder de vosso braço.” – Ó Deus, protetor fortíssimo e guia fiel de vosso povo, vinde remir o gênero humano com o vosso supremo poder! Vinde livrar-nos de tantas misérias nossas e subjugar com o vosso braço todo poderoso os poderes das trevas, que demasiado reinaram sobre nós, e arruinaram as almas. “E Vós, o Padre Eterno, que quisestes, mediante a embaixada do Anjo, que o vosso Verbo tomasse carne no seio da Bem-aventurada Virgem Maria, dai que, venerando-A como verdadeira Mãe de Deus, possamos, pela sua intercessão, obter o vosso auxílio. Fazei-o pelo amor do mesmo Jesus Cristo.”

Fontes:

O presente texto foi extraído do livro, O Mistério do Natal – São João de Ávila, Editora Quadrante, São Paulo, 1998, p. 17-20

Pe. Thiago Maria Cristini, C. SS. R., “Meditações para todos os dias do ano tiradas das obras de Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo e Doutor da Igreja”, Herder e Cia., tomo I, p 63, Friburgo em Brisgau, Alemanha, 1921.

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28º Domingo do Tempo Comum

13 de Outubro de 2013

O mundo inteiro noticiava e comemorava em 1968 o grande feito do coronel Borman, do major Anders e do capitão Lovell, os famosos tripulantes da Apollo 8. A imprensa já lançava a pergunta “como homenagear tais heróis?”, ou “o mundo tem uma dívida de gratidão para com esses valetes, como pagar?”. A primeira circum-navegação lunar e as inéditas fotos do satélite eram  uma aventura comparada àquela empreendida por Cristóvão Colombo.

A gratidão é uma virtude e, segundo São Bernardo, a ingratidão é um “péssimo vício” que “torna ineficaz a oração”. Ora, se podemos dizer que os militares da Apolo 8 eram credores de uma dívida de gratidão, o que dizer de Deus quando vemos os benefícios que Ele nos oferece? Neste 28º Domingo do Tempo Comum Jesus lamenta a ingratidão daqueles a quem fez um grande favor. É a mesma queixa do Sagrado Corações de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque. “Eis aqui o coração que tanto amou aos homens e, em troca, não recebe deles mais que ingratidão. Aquele samaritano que voltou para agradecer é do grupo dos verdadeiros devotos do Sagrado Coração de Jesus!

Este é o tema da meditação que Mons. João Clá Dias, em seu “Inédito sobre os Evangelhos” nos apresenta para o 28º Domingo do Tempo Comum.

Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à distância, e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”

Pelo relato evangélico vemos como esses dez leprosos cumpriam os preceitos legais, no que se refere à sua terrível doença. Por tal motivo não ousaram acercar-se demais de Jesus, e colocando-se a certa distância imploraram a cura, por misericórdia. Eles obedeceram à Lei, sim, mas faltou-lhes fervor para se ajoelharem todos juntos diante de Cristo, que decerto os teria tocado e curado naquele momento, como no episódio antes ocorrido com outro leproso (cf. Mt 8, 2-4; Mc 1, 40-45; Lc 5, 12-16). Este fato nos serve de lição para a vida espiritual: tratando-se do relacionamento com Jesus, devemos agir com plena confiança e intimidade irrestrita, nunca receando recorrer a Ele, por piores que sejam os deslizes morais que nos pesem na consciência.

Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados.

Podemos conjecturar que eles saíram em conjunto, experimentando grande consolação interior, pois Nosso Senhor ia criando graças para alimentar em suas almas a fé na própria cura. Entre eles, um mais silencioso pensaria, quiçá, numa lepra pior que a do corpo, que era a do pecado, pois vivia afastado da religião verdadeira… era samaritano. Confiante na cura, cogitava no modo de melhor estar à altura do prodígio de que em breve seria objeto.

Finalmente, durante o percurso, deram-se conta de que a lepra os abandonara e, sem dúvida, prorromperam em gritos de alegria. A gravidade do mal de que se viram livres concorre mais ainda para certificar a grandeza do milagre operado. Apressaram então o passo para obterem quanto antes o atestado de cura.

Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano.

Houve um, entretanto, que ao invés de caminhar rumo ao Templo, resolveu voltar para agradecer a Jesus, cantando as glórias de Deus e manifestando enorme alegria por ter encontrado Alguém em quem se apoiar e a quem seguir. Era aquele que contraíra não só a lepra física, mas também a lepra da alma.

Por cima do preceito legal de certificar a cura, a principal obrigação de todos era agradecer a quem os curara. Quando Nosso Senhor disse “ide apresentar-vos aos sacerdotes”, Ele não os proibiu de exprimir reconhecimento ao benfeitor. Deu-lhes apenas uma recomendação, não querendo ferir o livre-arbítrio dos leprosos por respeitar essa faculdade que nos é oferecida para escolhermos o bem, nem fazê-los perder o mérito que adquiririam pela gratidão.

Todavia, desdenhando a oportunidade, os outros nove resolveram caminhar em rumo contrário ao de Jesus. Mais ainda, nada contradiz a hipótese de que regressaram mais tarde a sua vida normal, esquecendo-se por completo de quem os tinha beneficiado.

 Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.

Tal ingratidão em relação a Deus quiçá leve ao inferno, já que pode desencadear uma grande quantidade de outros pecados. “O primeiro grau de ingratidão”, ensina São Tomás de Aquino, “é a ausência de retribuição; o segundo é a dissimulação, ou seja, como que escondendo o fato de se ter recebido o benefício; e, finalmente o terceiro e mais grave consiste em não reconhecer o benefício, seja por esquecimento seja por qualquer outro modo”.

É preciso, sobretudo, considerar que, além da lepra física, padeciam eles também de uma lepra moral chamada mundanismo, que os tornava cegos de Deus e fazia com que pusessem sua felicidade no prestígio social. O Mestre os curou da primeira para que pudessem, no momento de voltar e agradecer, serem curados da segunda.

O milagre operado por Nosso Senhor ao curar os dez leprosos, Ele o continua a realizar a todo instante em favor de qualquer pecador que, arrependido, venha a suplicar o seu perdão. Ele exige apenas que seja obedecida a mesma recomendação dada aos leprosos: apresentar-se ao sacerdote. Esta prescrição legal não era senão uma pré-figura da absolvição sacramental, instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual nossas almas são purificadas da lepra do pecado.

O Evangelho de hoje sugere-nos uma atualíssima aplicação. Não temos lepra física, porém, nem sempre podemos dizer que estamos isentos da lepra espiritual. E em quantas ocasiões fomos mais beneficiados que os dez leprosos… É preciso, pois, não agir como os nove ingratos, mas imitar o exemplo do samaritano: voltar para agradecer a Nosso Senhor Jesus Cristo por nos ter curado tantas vezes da lepra interior, a começar pela maldição do pecado original, também por Ele abolida.

Para ler mais, clique aqui

Obras Consultadas:
DIAS, João S. Clá, O Inédito sobre os Evangelho, Libreria Editrice Vaticana
Città del Vaticano, 2012, pag 401 – 413
ORIA, Mons. Angel Herrera, VERBUM VITAE – La Palavra de Cristo, BAC, Madrid, 1954

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O que são as indulgências? Como posso me beneficiar?

 

 

(OBS.: A numeração do presente resumo não segue a do original. Para um estudo mais aprofundado recomenda-se adquirir o próprio Manual, encontrável em livrarias católicas.)

1 – Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos.

2 – A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberta, em parte ou no todo, da pena temporal devida pelos pecados.

3 – Ninguém pode lucrar indulgências a favor de outras pessoas vivas.

4 – Qualquer fiel pode lucrar indulgências parciais ou plenárias para si mesmo ou aplicá-las aos defuntos como sufrágio.

5 – O fiel que, ao menos com o coração contrito, faz uma obra enriquecida de indulgência parcial, com o auxílio da Igreja, alcança o perdão da pena temporal, em valor correspondente ao que ele próprio já ganha com sua ação.

6 – O fiel cristão que usa objetos de piedade (crucifixo ou cruz, rosário, escapulário, medalha) devidamente abençoados por qualquer sacerdote ou diácono, ganha indulgência parcial. Se os mesmos objetos forem bentos pelo Sumo Pontífice ou por qualquer Bispo, o fiel, ao usá-los com piedade, pode alcançar até a indulgência plenária na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, se acrescentar alguma fórmula legitima de profissão de fé.

7 – Parágrafo 1. Para que alguém seja capaz de lucrar indulgências, deve ser batizado, não estar excomungado e encontrar-se em estado de graça, pelo menos no fim das obras prescritas.

Parágrafo 2. O fiel deve também TER INTENÇÃO, AO MENOS GERAL, DE GANHAR A INDULGENCIA e cumprir as ações prescritas, no tempo determinado e no modo devido, segundo o teor da concessão.

8 – Parágrafo 1. A indulgência plenária só se pode ganhar uma vez ao dia.

Parágrafo 2. Contudo, o fiel em artigo de morte pode ganha-la, mesmo que já a tenha conseguido nesse dia.

Parágrafo 5. A indulgência parcial pode ganhar-se mais vezes ao dia, se expressamente não se determinar o contrário.

9 – Parágrafo 1. A obra prescrita para alcançar a indulgência plenária anexa à igreja ou oratório, é a visita aos mesmos: neles se recitam a oração dominical e o símbolo aos apóstolos (Pai-nosso e Credo), a não ser caso especial em que se marque outra coisa.

10 – Parágrafo 1. Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa de todo o afeto a qualquer pecado até venial, requerem-se a execução da obra enriquecida da indulgência e o cumprimento das três condições seguintes: confissão sacramental, comunhão eucarística, e oração nas intenções do Sumo Pontífice.

Parágrafo 2. Com uma só confissão podem ganhar-se várias indulgências, mas com uma só comunhão e uma só oração alcança-se uma só indulgência plenária.

Parágrafo 3. As três condições podem cumprir-se em vários dias, antes ou depois da execução da obra prescrita; convém, contudo, que tal comunhão e tal oração se pratiquem no próprio dia da obra prescrita.

Parágrafo 4. Se falta a devida disposição ou se a obra prescrita e as três condições não se cumprem, a indulgência será só parcial, salvo o que se prescreve nos nn. 27 e 28 em favor dos ‘impedidos’.

Parágrafo 5. A condição de se rezar nas intenções do Sumo Pontífice se cumpre ao se recitar nessas intenções um Pai-nosso e uma Ave-Maria, mas podem os fiéis acrescentar outras orações conforme sua piedade e devoção.

11 – Concede-se indulgência parcial ao fiel que, no cumprimento de seus deveres e na tolerância das aflições da vida, ergue o espírito a Deus com humilde confiança, acrescentando alguma piedosa invocação, mesmo só em pensamento.

CONCESSÕES

(OBS: Aqui só constam algumas das concessões contidas no manual.)

INDULGÊNCIA PARCIAL

– Atos de Fé, Esperança e Caridade.

– ‘Nós vos damos graças, Senhor, por todos os vossos benefícios. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.

– Santo Anjo (oração ao Anjo da Guarda)

– Angelus, Regina Caeli.

– Alma de Cristo.

– Comunhão Espiritual.

– Creio

– Ladainhas aprovadas pela autoridade competente. Sobressaem-se as seguintes: Santíssimo Nome de Jesus, Sagrado Coração de Jesus, da Santíssima Virgem Maria, de São José e de Todos os Santos.

– Magnificat.

– Lembrai-vos

– Miserere (Tende piedade)

– Ofícios breves: Ofícios breves da Paixão de NSJC, Sagrado Coração de Jesus, da Santíssima Virgem Maria, da Imaculada Conceição e de São José.

– Oração mental.

– Salve Rainha.

– Sinal da Cruz.

– Veni Creator.

– Renovação das promessas do batismo.

INDULGÊNCIAS PLENÁRIAS

(OBS.: Como acima, aqui só constam algumas das indulgências do manual).

– Indulgência plenária – Concede-se indulgência parcial ao fiel que visitar o Santíssimo Sacramento para adorá-Lo, se o fizer por meia hora ao menos, a indulgência será plenária.

– Visita ao cemitério – Ao fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espirito, pelos defuntos, concede-se indulgência aplicável somente às almas do purgatório. Esta indulgência será plenária, cada dia, de 1 a 8 de novembro; nos outros dias será parcial.

– Exercícios espirituais – Concede-se indulgência plenária ao fiel que faz os exercícios espirituais ao menos por três dias.

– Indulgência na hora da morte – O sacerdote que administra os sacramentos ao fiel em perigo de vida não deixe de lhe comunicar a bênção apostólica com a indulgência plenária. Se não houver sacerdote, a Igreja mãe compassiva, concede benignamente a mesma indulgência ao cristão bem disposto para ganhá-la na hora da morte, se durante a vida habitualmente tiver recitado para isso algumas orações. Para alcançar esta indulgência plenária louvavelmente se rezam tais orações fazendo uso de um crucifixo ou de uma simples cruz.

A condição de ele habitualmente ter recitado algumas orações supre as três condições requeridas para ganhar a indulgência plenária. A mesma indulgência plenária em artigo de morte, pode ganhá-la o fiel que no mesmo dia já tenha ganho outra indulgência plenária. (Esta concessão vem assinalada na const. apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 18)

– Primeira Comunhão – Concede-se indulgência plenária aos fiéis que se aproximarem pela primeira vez da sagrada comunhão, ou que assistam a outros que se aproximam.

– Reza do Rosário de Nossa Senhora – Indulgência plenária, se o Rosário se recitar na igreja ou oratório público ou em família, na comunidade religiosa ou em pia associação; parcial, em outras circunstâncias.

(O Rosário é uma fórmula de oração em que distinguimos 20 dezenas de saudações angélicas [Ave-Marias], separadas pela oração dominical [Pai-nosso] e em cada uma recordamos em piedosa meditação os mistérios da nossa Redenção). Chama-se também a terça parte dessa oração o Terço. Para a indulgência plenária determina-se o seguinte:

1 – Basta a reza da quarta parte do Rosário, mas as cinco dezenas devem-se recitar juntas.

2 – Piedosa meditação deve acompanhar a oração vocal.

3 – Na recitação publica, devem-se anunciar os mistérios, conforme o costume aprovado do lugar; na recitação privada, basta que o fiel ajunte a meditação dos mistérios à oração vocal.

– Leitura espiritual da Sagrada Escritura – Concede-se indulgência parcial ao fiel que ler a Sagrada Escritura com a veneração devida à palavra divina, e a modo de leitura espiritual. A indulgência será plenária, se o fizer pelo espaço de meia hora pelo menos.

– Visita à igreja ou altar no dia da dedicação e aí piedosamente rezar o Pai-nosso e o Credo.

 

 

PONTOS ESSENCIAIS SOBRE A DOUTRINA DAS INDULGÊNCIAS EXTRAÍDOS DO MANUAL DAS INDULGÊNCIAS’, EDITADO PELA PENITENCIÁRIA APOSTÓLICA EM 29 DE JUNHO DE 1968.

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