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A Devoção a Nossa Senhora do Carmo

Destinada, desde o início, ao culto da Virgem Mãe de Deus, a Ordem de Nossa Senhora do Monte Carmelo, fundada pelo Profeta Elias, remonta a mais oitocentos anos antes da Virgem flos carmeli vir a este mundo.

 

         O Pe. Daniel da Virgem Maria diz que Elias, conheceu a Santíssima Virgem bem antes do seu nascimento por uma revelação profética que lhe fez compreender a significação da ligeira nuvem que se elevou do mar, após uma longa seca: Maria será toda pura em sua origem; de sua virgindade nascer o Homem-Deus.

Mistério do Carmelo, mistério de Elias

         O grandioso cenário do Monte Carmelo pprofetaarece guardião de um segredo que concerne os filhos [espirituais] do Profeta Elias. Diz São Basílio: No Carmelo, monte sublime e deserto, viveu Elias, cujo viático e alimento era a esperança em Deus. E como vivesse dela, não morreu de fome, porquanto os corvos, levavam-lhe a comida. Esquecidos de sua própria natureza voraz, traziam-lhe pão e carnes, obedecendo à ordem do Senhor.

         Com efeito, tudo na vida de Elias é misterioso! Um homem a quem foi dado o poder de mandar fazer seca ou chover; capaz de ordenar ao fogo que desça do céu; cuja súplica ressuscita um morto; que é raptado num carro de fogo e levado para um lugar que os Doutores da Igreja têm discutido se é o Paraíso terrestre ou outro, onde vive há quase três mil anos, devendo voltar no fim do mundo para combater o anti-Cristo, ocasião em que será  martirizado! Este é o Fundador da Ordem do Carmo, instituição profética, envolta ela própria, neste mistério eliático.Gruta de S. Elias parte inferior

         É o Papa Pio XI quem ensina esta via: Antes de tudo, exortamos os religiosos a que jamais percam de vista os exemplos de seu Fundador e legislador, se querem ter certeza de participar das graças abundantes de sua vocação. Quando esses homens de escol criaram seus Institutos, fizeram outra coisa senão obedecer à inspiração de Deus? Esta é a razão pela qual todos aqueles que reproduzem em si mesmos a característica da qual cada fundador quis marcar sua família religiosa, estão garantidos de não se afastar do espírito de suas origens.

         Em conseqüência, os discípulos quererão com muito empenho, como os melhores dos filhos, glorificar seu pai, observando sua regra, seus conselhos e deixando-se penetrar de seu espírito.

         Para o carmelita, essa identificação com o espírito do Fundador, recomendada por Pio XI, torna-se quase imperiosa, pois só no século XIII, dois mil anos após sua instituição, a Ordem do Carmo recebeu uma Regra. Foi pela fidelidade ao espírito do seu Fundador que a Providência manteve, por tanto tempo, a unidade desse filão marial.

         Segundo Thomas Bradley, Bispo de Bromore, quando o Profeta Elias conheceu pelo espírito de profecia que o Filho de Deus nasceria da Virgem Maria, ele reuniu no Monte Carmelo os filhos dos profetas de diversos lugares da Palestina e ensinou-lhes a viver na pobreza, castidade e obediência voluntária… Elias, seu fundador começou sua Ordem em honra desta Virgem bem antes de seu nascimento.

         Esta nuvenzinha, segundo o autor da Institution des Premiers Moines, é o símbolo da Imaculada Conceição. Porque assim como surgiu do mar salgado, sem conter o seu amargor, a Virgem, surgiu da humanidade culpada, sem a culpa.

         Assim, segundo inúmeros Doutores da Igreja, Eliseu recebeu, verdadeiramente, o duplo espírito de Elias, como havia pedido. E a carmelita Santa Terezinha do Menino Jesus, que viveu no século passado, parecendo assumida pelo espírito de Elias, dizia: Desde que me pus nos braços de Deus, sou como uma sentinela que observa o inimigo da mais alta torre de um castelo. Nada escapa a meu olhar… Oh, não, eu não teria medo de ir à guerra. Com que alegria, por exemplo no tempo das Cruzadas, teria partido para combater os hereges! A santidade! É preciso conquistá-la à ponta da espada, é preciso sofrer, é preciso combater.Santa Teresinha 002

         Assim como Elias, por sua prece, converteu aquele povo idólatra, quem tem a graça de participar do seu espírito é dotado de um poder extraordinário para atrair as almas a Deus. Santa Terezinha, sem jamais ter saído do Convento, é a padroeira das Missões. Santa Tereza, a Grande, reformadora do Carmelo, com uma só prece converteu dez mil hereges, como refere D.Chautard em seu livro. A Alma de Todo Apostolado.

         Com as invasões sarracenas, os últimos religiosos que continuavam no Carmelo foram queimados e massacrados pelos invasores em 1291. Morreram mártires, cantando a Salve Rainha.

 

O Santo Escapulário, vestimenta de salvação

 

         Ele me revestiu com as vestimentas da salvação (Is.61). Assim como Nossa004_Haifa - Convento Stella Maris de los Padres Carmelitas Senhora, quando esperava o nascimento do Salvador, tecia com esmero maternal, a túnica do Menino Jesus. Da mesma forma por sua predileção para conosco, quis a Mãe Santíssima cobrir-nos com uma veste de salvação.

         Sobre a maravilhosa instituição desta veste de salvação, fala à Duqueza de York, o recém canonizado São Cláudio de la Colombiére, SJ, (1611-1682).

         Maria é igualmente querida de Deus e temida de nossos inimigos. Que segurança não devemos ter de nossa salvação, se podemos nos assegurar da sua proteção! Que se pode temer estando debaixo do manto de uma Rainha que desarma tão facilmente o furor dos demônios quanto a justiça de Deus?

         Maria nada sabe  recusar àqueles que se revestem do seu escapulário. Para provar esta verdade não tenho senão duas sólidas razões.

         Primeira razão: Maria mesma se engajou em conceder sua proteção a qualquer pessoa que abraçasse essa santa prática; esta Mãe caridosa se engajou em não permitir que sejamos jamais entregues a Satanás. Maria nos dá para nossa salvação todas as seguranças que se pode ter nessa vida.

         Segunda razão: Nós, revestindo-nos do seu santo escapulário, engajamos ainda mais fortemente [esta Rainha todo poderosa em nos conceder sua proteção]. Se perseverarmos em seus serviços, perseveraremos infalivelmente na graça.

         São Simão Stock (1171-1265), ilustre Geral da Ordem de Nossa Senhora do Monte Carmelo sentindo-se atraído pela solidão, na idade de doze anos, o espírito de Deus o transportou para um deserto. Aí ele se entregou a austeridades incríveis, vivendo de ervas e raízes. Uma fonte lhe fornecia a água necessária para aliviar a sede. Por leito, oratório e cela, o santo só tinha um velho tronco de árvore (stock=tronco), onde mal podia acomodar-se e por-se de pé. Neste lugar, tão estreito, fez da prece toda sua ocupação, e sua alma por este santo exercício adquiriu uma pureza tão perfeita, que o tornou igual aos Anjos, de modo que os espíritos celestes nunca o abandonaram em seu retiro. A própria Mãe de Deus, que ele amava com ternura, visitava-o quase todos os dias, e suas comunicações com o Senhor, aí, eram tão freqüentes que, sua felicidade parecia semelhante à dos Santos.

         Desta forma viveu 30 anos, quando alguns religiosos do Monte CarmeloVirgenCarmen chegaram do Oriente para se estabelecerem na Inglaterra. A Santíssima Virgem fez conhecer [a nosso santo] o quanto esta Ordem lhe era querida, e quanto ela desejava que ele nela se consagrasse. Dócil a esta salutar inspiração, saiu de seu deserto e se lançou aos pés destes Padres.

         Maria, ouvindo as preces deste seu bem-amado filho tornou-se visível a seus olhos trazendo na mão a mais preciosa garantia de sua proteção: o escapulário acompanhando destas consoladoras palavras: “Recebe, meu filho, o escapulário que vos dou e a todos da vossa Ordem; é por este sinal que eu quero que doravante sejam reconhecidos meus aliados e meus irmãos; é ele uma marca de predestinação, uma garantia de paz, uma garantia de aliança eterna. Qualquer pessoa que tiver a felicidade de morrer com esta marca de meu amor não provará jamais os fogos eternos”.

         Diversos Papas chancelaram com bulas apostólicas a devoção ao escapulário: Aparecendo a João XXII, em 1314, Nossa Senhora prometeu especial proteção aos que trouxessem o escapulário, acrescentando que os livraria do purgatório, no primeiro Sábado após sua morte Pio XI diz: Aprendi e comecei a amar a Virgem do Carmo, nos braços de minha mãe, aos primeiros dia de minha infância Pio XII: “Desde a idade de oito anos, nunca tirei do pescoço o Santo Escapulário do Carmo, porque nos livra do inferno e de todos os males”. Bento XV: “O escapulário é a arma dos cristãos.

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O Ermitão e o Ladrão

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           Em um êremo morava um virtuoso ermitão, ao qual se chegou um salteador de caminhos, dizendo‑lhe:

          ‑ Vós rogais a Deus por todos; rogai‑Lhe que me tire deste mau ofício que trago, senão hei de matar‑vos.

           E indo dali tornava a fazer o mesmo que dantes e outra vez tornava a vir ao padre, dizendo:

            ‑ Vós não quereis rogar a Deus por mim, pois hei de matar‑vos.

           Tantas vezes fez isto, que uma veio determinado para matar o padre, o qual lhe pediu e lhe disse:

            ‑ Já que me quereis matar, tiremos primeiro ambos uma lájea que tenho sobre minha sepultura e, morto, lançar‑me‑ás dentro sem muito trabalho.

           Ele aceitou, e assim foram ambos erguer a lájea; porém, como o salteador trabalhava quanto podia por erguê‑la, assim trabalhava o padre ermitão porque não se erguesse, e desta maneira ambos não faziam mudança na lájea. Atentou o salteador no caso, e disse assim:

           ‑ E se vós não me ajudais, como posso eu erguê‑la? Que ainda que eu ergo da minha parte, vós fazeis da vossa com que não aproveite o que faço.

           Antes que passasse adiante disse o ermitão:

           ‑ Eis aí, irmão, o que te digo. Que me presta a rogar a Deus por ti, pedindo‑lhe que te tire do pecado e mau ofício que trazes, se tu não te queres tirar e estás muito de propósito perseverando nele?

 

 Fonte: Theophilo Braga, Contos tradicionais do povo português, pp. 63 66,  volume II, 1ª  edição, Magalhães e Moniz – Editores, Porto, Portugal.

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Devoção ao Santo Rosário

O Rosário pelas ruas

 

      Em particular, podemos dizer que a recitação do Rosário feita silenciosamente enquanto se caminha, viaja, foi a ocupação mais comum entre os santos .

        Alguns o demonstraram até externamente passando de rua em rua, com o Rosário em movimento entre as mãos .

  • São João Batista de La Salle, não só caminhava  sempre com a Coroa na mão,  mas obrigou até todos os seus filhos a percorrer as ruas da cidade recitando o Rosário. 

  • São Luiz Grignion de Montfort tinha o Rosário como companheiro inseparável das suas intermináveis viagens missionárias, santificando com as Ave-Marias ,as ruas e regiões da França. 

  • São Felipe Néri, São Félix de Cantalice, Santo Afonso Maria de Ligório, Santo Antônio Maria Claret, e outros não faziam mistérios de caminhar ou viajar sempre recitando Rosários sem número . 

  • Era belo ver São Leonardo de Porto Maurício voltar ao convento após as fadigas apostólicas, recitando serenamente o Rosário. E era um espetáculo edificante ver o jovem São João Berchmans com outros frades , recitar devotamente o Rosário pelas ruas da cidade. 

  • São Carlos de Sezze, indo e vindo dos campos , recitava sempre a Coroa . E o servo de Deus Pe.Anselmo Treves, quando encontrava alguém , lhe perguntava: “Fez bom passeio ? Semeou muitas Ave-Marias pelo seu caminho ?” 

  • São Conrado de Parzhan, humilde capuchinho da Baviera, reunia os rapazes pelas ruas e recitava com eles o Rosário , em pia procissão , que edificava toda a cidade . 

  • Santa Joana D’Arc se reconhecia facilmente, cavalgando absorta junto ao seu rei . Ele mesmo uma vez lhe perguntou o que sonhava enquanto cavalgava tão silenciosa . “Gentil Sire- responde a heroína- estou recitando o Rosário ”. 

  • Nos nossos tempos Santa Bertila Boscardin de Vicenza, São Maximiliano Maria Kolbe, em Roma, Pe. Dolindo Ruotolo, em Nápoles, atravessavam as ruas da cidade recitando o Rosário. 

  • São José Cafasso conta que um dia , de manhã cedo , encontrou pelas ruas de Turim uma velhinha toda recolhida. O Santo lhe perguntou: “ Por que , boa velhinha, andas pela rua a esta hora ?”

“Passo a limpar as ruas”, respondeu a velhinha. Admirado, o Santo perguntou: “ Que quer dizer ?” “Esta noite foi carnaval e foram cometidos muitos pecados . Por isso , passo rezando o Rosário , para purificar as ruas de tantos pecados ”. Muito bem , boa velhinha!

  • “O Rosário é minha oração predileta.Oração maravilhosa. Maravilhosa na simplicidade e na profundidade. A todos exorto de coração que a rezem!”  (João Paulo II)

   

 (Fonte: O Santo Rosário e os Santos, Pe. Stefano Maria Manelli,F.F.I.)

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São José, o santo do silêncio

        03 de Março de 2010

Clique aquiUma família bem constituída é condição essencial para a boa formação psicológica e o equilíbrio emocional. Ter a seu lado quem simbolize o carinho e a bondade, alguém que auxilie a superar as dificuldades da vida e que na hora das aflições se possa procurar com toda a confiança é fundamental na estruturação mental de uma criança. Do ponto de vista natural, talvez seja esta a principal função das mães junto a seus filhos. Mas também é fundamental ter alguém que represente a força, o vigor, o apoio, a proteção e o esteio do lar. É a figura do pai.

         Mas, se essa é a responsabilidade do pai em uma família comum, como fica essa missão quando a Esposa desse lar é Maria Santíssima e o Filho único, a própria Segunda Pessoa da Santíssima Trindade?

        Bem sabemos que Jesus nasceu da ação miraculosa do Espírito Santo no claustro materno de Nossa Senhora, sendo, portanto, filho deste divino desposório. Mas quis Ele vir ao mundo no seio de uma família legalmente constituída, da qual fazia parte o castíssimo esposo da Santíssima Virgem.

       Conheçamos um pouco mais este homem a quem o próprio Deus quis chamar “pai”: São José!

 O Santo do Silêncio

         De fato, Nosso Senhor foi chamado o “filho de José”(Jo 1, 45; 6, 42 e Lc 4, 22), o carpinteiro (Mt 13, 55), mas o Evangelho pouco fala de seu pai adotivo. São José é cognominado o “Santo do Silêncio”, pois não conhecemos palavras proferidas por ele mesmo, mas tão-somente suas obras e atos de fé, amor e proteção para com sua amadíssima esposa e o Menino Jesus. Entretanto, foi um escolhido de Deus e desde o início recebeu a graça de ir discernindo os desígnios divinos sobre si, por ser chamado a guardar os mais preciosos tesouros do Pai Celestial: Jesus e Maria. Patrono da vida interior, é ele um exemplo de espírito de oração, sofrimento e admiração. Sendo o chefe da família, admirava sua esposa virginal, concebida sem a mancha do pecado de Adão, e o fruto de suas entranhas, Deus feito homem, muito maiores que ele mesmo.

 Uma missão: ser guardião da Sagrada Família

          As fontes seguras que falam da vida de São José são os primeiros capítulos dos Evangelhos de São Mateus e São Lucas: a sua genealogia e sua descendência da casa de Davi (Mt 1, 1-17 e Lc 3, 23-38) e o fato de ser esposo de Maria Santíssima, a Virgem Mãe do Messias (Mt 1, 18 e Lc 1,27).

       Mas há uma antiga tradição que conta o belíssimo episódio de seu desposório com Nossa Senhora. Diriam os italianos: si non è vero è bene trovato (mesmo se não for verdade, está bem achado). Consta que Nossa Senhora estava no Templo, já em idade de casar-se. Ela também pertencia à estirpe de Davi. Entre seus pretendentes, foram selecionados alguns, das melhores famílias, dos mais virtuosos de Israel. Cada um levava em sua mão um bastão de madeira seca. No momento da escolha, o bastão de José floresceu milagrosamente, nascendo belos lírios em sua ponta, símbolo da pureza que ele havia prometido guardar para sempre. Este fato deu segurança a Maria, que também havia feito promessa de virgindade. O guardião da Sagrada Família encantou-se com a decisão de sua esposa, uma vez que ele havia tomado igual resolução.Clique aqui

        Fazendo jus ao grande elogio que a Escritura faz dele: “José era um homemjusto. (Mt 1, 19)”, quando percebeu que sua esposa esperava um filho, sem compreender o que acontecera, não desconfiou da pureza dEla. Por isso decidiu abandoná-La e não denunciá-La, conforme mandava a lei de Moisés. Na noite em que ia partir foi avisado em sonhos sobre a maravilhosa concepção do filho do Altíssimo e passou a amar ainda mais Aquela a quem admirava e via crescer cada dia em virtude e amor ao Criador, Aquela a quem o anjo saudou como a que “encontrou graça diante de Deus” (Lc 1, 30).

       Que família admirável! à qual o menor epíteto que cabe é mesmo o de “Sagrada”, como a chama a Igreja. E estejamos certos de que ali o menor dos três era o mais obedecido, e obedecido com amor. Por quem! Pelo próprio Deus feito homem!

 As cinco dores de São José

         A Igreja venera as cinco grandes dores de São José, mas ensina que a cada dor corresponde uma imensa alegria que Deus lhe enviou. A primeira dor consistiu em ver o Menino Jesus nascer numa pobre gruta, correspondente à alegria de ver os anjos, pastores e Magos que vieram adorá-Lo. A segunda lhe adveio na apresentação de Jesus no Templo, quando o profeta Simeão proclamou que uma espada de dor traspassaria o coração de Maria, justapondo-se à alegria de ouvir, ao mesmo tempo, que o Menino seria a luz das nações e a glória de Israel.

       A terceira dor foi a fuga para o Egito e as provasClique aqui do caminho, seguida da alegria de ver crescer em graça e santidade o Divino Infante. A quarta se deu com a perda do Menino Jesus em Jerusalém e a angústia de buscá-Lo por três dias, correspondendo à alegria de encontrá-Lo no Templo e tê-Lo em casa por muitos anos. Por fim, a quinta dor foi separar-se de Jesus e de Maria na hora de sua morte, tendo a alegria e o consolo de morrer assistido por Eles, tornando-se assim o Patrono da Boa Morte.

       Não se sabe exatamente quando morreu São José, mas a Igreja considera que tenha sido antes de iniciar-se a vida pública de Nosso Senhor, pois nas Bodas de Caná Ele estava apenas em companhia de sua Mãe.

 A devoção a São José ao longo dos tempos

 São José 02        Ao longo dos séculos, vários santos recomendaram com empenho a devoção a São José: São Vicente Ferrer, Santa Brígida, São Bernardino de Sena, São Francisco de Sales. Porém, quem mais a propagou foi Santa Teresa d.Ávila, a qual obteve, por sua intercessão, a cura milagrosa de uma doença terrível e crônica que a deixava quase inteiramente paralisada. A partir desse fato, nunca deixou de recomendar a devoção ao pai adotivo de Jesus.

         Parece que outros santos têm especial poder para solucionar certos problemas. Mas Deus concedeu a São José um grande poder para ajudar em tudo. Com efeito, todos os conventos que fundou Santa Teresa, a Grande, foram colocados sob a proteção do Santo Patriarca.

        A festa de São José é celebrada em 19 de março desde o pontificado de Sixto IV (1471 – 1484). Em 1870 o Bemaventurado Papa Pio IX declarou-o patrono da Igreja Universal, e São Pio X aprovou, em 1909, a Ladainha em louvor a ele.

 Um conselho do Santo Padre

         No mundo atual, no qual abundam as famílias desfeitas e é raro encontrar a singela harmonia do lar, a devoção a São José desponta como especialmente recomendável. Neste sentido, o homem a quem Deus chamava “pai” é-nos indicado como intercessor pelo Papa João Paulo II. Ainda no Ângelus de 18 de março de 2001, após apontá-lo como “exemplo a seguir e protetor a invocar”, o Santo Padre recordou a Família que é modelo para todas, inclusive as de hoje:

     — “Quão valiosa é a escola de Nazaré para o homem contemporâneo, ameaçado por uma cultura que muito amiúde exalta as aparências e o êxito, a autonomia e um falso conceito de liberdade individual! Pelo contrário, quanta necessidade há de recuperar o valor da simplicidade, da obediência, do respeito e da busca amorosa da vontade de Deus!”

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