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Ato de consagração do gênero humano a Jesus Cristo Rei

A Santa Mãe Igreja concede indulgência plenária ao fiel que, na solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, recitar publicamente o ato de consagração do gênero humano ao mesmo Jesus Cristo Rei (cf. Enchir. Indulgentiarum, nº 2).
 

Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai sobre nós que humildemente estamos prostrados na vossa presença, os vossos olhares. Nós somos e queremos ser vossos; e a fim de podermos viver mais intimamente unidos a Vós, cada um de nós se consagra, espontaneamente, neste dia, ao vosso sacratíssimo Coração.

Muitos há que nunca Vos conheceram; muitos, desprezando os vossos mandamentos, Vos renegaram. Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração.

Senhor, sede rei não somente dos fiéis, que nunca de Vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos, que Vos abandonaram; fazei que estes tornem, quanto antes, à casa paterna, para não perecerem de miséria e de fome.

Sede rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de Vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que, em breve, haja um só rebanho e um só pastor.

Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que, de um pólo a outro do mundo, ressoe uma só voz: louvado seja o Coração divino, que nos trouxe a salvação; honra e glória a Ele, por todos os séculos. Amém.

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No meio da escuridão, um grande intercessor

16 de Outubro de 2013

É pleno verão, uma verdadeira fornalha ardente e abrasadora, onde o sufoco produzido pelo calor gera uma verdadeira repulsa para os habitantes de Foggia. É um calor tal que, mesmo à sombra nos sentimos castigados. Um lugar onde quem passou não quer mais voltar, um calor causticante e terrivelmente atroz. A cidade é situada a apenas setenta e seis metros acima do nível do mar.

Para alguém que vinha de regiões mais temperadas, isso se tornava mortal. “A cabeça me dói fortemente e, em certos momentos, não consigo ordenar minhas ideias por causa do calor”, relatava Padre Pio.

Ele passara ali alguns meses no convento de Santa Ana. Ficando muito debilitado, recebeu um convite feito pelo padre Paulino de passar uma temporada em San Giovanni Rotondo, a fim de recuperar a saúde. Ficava no alto de uma serra, onde os ares puros passam com frequência. Tratava-se de um lugarejo de aproximadamente dez mil habitantes, a uns trinta quilômetros de Foggia.

O ar novo e puro que respirava lhe fez tão bem que, em poucos dias notava-se a diferença em sua fisionomia. Comentava padre Paulino: “Ele respirava com prazer o ar fresco das montanhas que circundam o convento e não mais sentia aquela sonolência e aquele peso que o oprimiam no clima abafadiço de Foggia”. Todo o seu feitio renascia visivelmente para todos.

No convento quase deserto, o padre Pio com sua magnanimidade começou a prestar assistência aos seminaristas, atendendo-os em confissão e rezando com eles. Com a audácia que tinha, quis oferecer-se a Deus como vítima de sacrifício por aquelas almas. Quais seriam as consequências desse heroísmo? Seria tão fácil assim?

Padre Pio dividia um quarto com o padre Emilio Matrice. Este ficava ao fundo de um corredor, em frente à dos seminaristas. A cama dele era toda rodeada de cortinas brancas, sustentadas por varetas de ferro.

Na pequena parede que separava os dois quartos, havia uma janela sem vidros, através da qual, todos os pequenos movimentos ou ruídos se faziam ouvir e os passos misteriosos ecoavam no corredor.

Então, em uma noite, o padre Emilio, acorda desesperadamente no meio da escuridão, sobressaltado por causa de um barulho ensurdecedor. Ele não pôde ver o que acontecera, porque, amedrontado, se envolveu como conseguira nos cobertores. O que tinha acontecido? Ora, o padre Pio soluçava e suplicava: “Madonna mia!…Nossa Senhora, me ajude!” Todos escutavam umas gargalhadas e ruídos de ferros e um arrastar de correntes horripilante. O que tinha se passado?

No dia seguinte, todos puderam ver os ferros que sustentavam as cortinas, totalmente retorcidos e espalhados pelo chão. Padre Pio tinha um olho inchado e o rosto machucado. Estava completamente arrasado.

Dias depois, diante de numerosas e insistentes perguntas, acabou explicando:

”Querem saber por que o diabo me aplicou tamanha surra naquela noite? Foi por eu defender, como diretor espiritual que sou, a um de vocês. Ele estava enfrentando uma tentação forte e difícil. Invocava de coração a Nossa Senhora, e também pedia minha ajuda. Ao sentir isto, o acudi imediatamente, pondo-me a rezar o terço, e assim com o auxilio da Virgem conseguimos derrotá-lo. E o rapaz pôde repousar tranquilo”.

Porém, vimos que todo o peso da tremenda batalha, caiu sobre o Padre Pio, que saiu vitorioso.

Com isso, fica uma lição de vida para você, caro leitor. Quando estiver passando por momentos difíceis, de provações ou tentações,  lembre-se desse pequeno e grandioso fato, ou melhor, comece desde já a rezar e saiba recorrer confiante a Nossa Senhora por intermédio dos Santos.

Por Victor Henrique Martins

Obra consultada: CESCA, Olavo. Padre Pio o santo do terceiro milênio. Myrian, 3° edição. Porto Alegre, 2006, p.88, 91.

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Nossa Senhora Aparecida: milagres e mais milagres!

11 de Outubro de 2013

“Essa terra, senhor, é dadivosa e boa, nela em se plantando, tudo dá”! Assim escrevia Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal ao ter o seu primeiro contato com esta terra de Santa Cruz.

Brasil, terra que encanta a todos que por aqui passam. O azul do céu, a placidez do mar, o verde das matas, o canto dos pássaros, a brisa do Atlântico, os frutos diversos em cores e sabores,  enfim, gigante pela própria natureza, terra dourada!

Contudo, ao logo do tempo percebemos que não só os frutos materiais foram se desenvolvendo, mas sobretudo os frutos espirituais, que com o meritório trabalho missionário da Companhia de Jesus foi se multiplicando gradativamente.

Entretanto, Deus por intermédio de sua mãe Santíssima, ainda teria muitos planos para este nosso tão imenso Brasil.

*          *          *

Corria o ano de 1717 quando três pescadores, Domingos Alves Garcia, João Alves e Felipe Pedroso preocupados com as frustradas tentativas de pesca acabam por apanhar um objeto diferente dentro rio. Era o corpo de uma figura que representava Nossa Senhora. Mais uma vez lançam as redes e por fim “pescam” a cabeça da imagem.

Será isso um sinal de Deus? Católicos zelosos que eram, guardaram na canoa o precioso achado, e continuaram lançando as redes. Logo sucedeu algo inesperado:a canoa se encheu de tantos peixes que quase afundou! Os bons ribeirinhos logo atribuíram essa pesca milagrosa à presença da imagem de Nossa Senhora da Conceição, em boa hora aparecida no rio Paraíba do Sul, na altura do Porto de Itaguaçu.

Assim começa a história de nossa padroeira: Nossa Senhora da Conceição Aparecida!

Uma nova era de milagres

Logo após o descobrimento da Virgem “aparecida” os milagres começaram a se multiplicar.

O primeiro milagre atribuído à imagem se deu numa noite serena e silenciosa: enquanto a família e vizinhos rezavam o terço, duas velas se apagaram sem que ninguém as soprasse, e se acenderam sem que pessoa alguma colocasse fogo nelas.

A luz daquelas velas, que se reacenderam miraculosamente naquela noite, iluminou seus corações e despertou neles grande amor e devoção para com Nossa Senhora. Logo grande número de fieis afluíam ao local para render graças à Virgem Imaculada.

Era costume, naquela época de robusta fé, as famílias vizinhas se reunirem aos sábados para rezar o terço e outras orações, e entoar cânticos em louvor da Imaculada Conceição de Maria. Nessas reuniões familiares, além do relatado acima, houve várias manifestações extraordinárias: o nicho com a imagem passou a tremer, esta quase caiu e as velas se apagaram; no móvel onde se encontrava a imagem, várias pessoas ouviram estrondos, repetidas vezes.¹

Um outro milagre

— Uma esmola pelo amor de Deus!

Era com essa frase comovente que o menino Sebastião de Paula, paralítico das pernas estendia as mãos aos transeuntes, implorando um auxílio para sua manutenção. O pobre paralítico não podia fazer nenhum movimento com as pernas, e só se locomovia quando apoiado às costas de seu irmão. O povo já o conhecia muito e o estimava. Todos se compadeciam de sua triste situação.

Mas a cidade era pequena e o menino não podia colher esmolas suficiente para viver. Foi então que um amigo o aconselhou.

— Aqui não dá nada, Sebastião. Se eu fosse você, eu iria a Queluz. Lá há mais gente e você conseguirá mais dinheiro.

O infeliz aceitou o conselho e arrastou sua desgraça até esse local, onde começou a pedir esmolas.

Numa das ruas da cidade Sebastião prosseguia seu triste trabalho, suplicando sempre:

— Uma esmola pelo amor de Deus.

O bondoso sacerdote deu-lhe uma esmola e parou para conversar.

— Por que você pede esmolas, menino?

— Porque não posso- trabalhar para viver.

— O que é que você tem!

— Eu… eu sou paralítico das pernas. Não posso andar, seu padre.

— Ah! É uma pena. Tão criança… Você não acredita em Nossa Senhora Aparecida!

— Como não, seu padre! Sempre fui bom católico… Graças a Deus.

— Aceite o meu conselho, menino… e procure curar essa moléstia.

— Mas seu padre! O doutor disse que não tem cura. Eu já procurei curar. Não posso mesmo andar.

— Não estou falando de médicos. O que os homens não fazem talvez Deus o faça.

Não custa nada tentar… E por que não tentar… ?

— Se o senhor acha que dá resultado, eu farei.

— Menino, disse o sacerdote. Muita gente tem conseguido verdadeiros milagres com promessas. Por que você não experimenta fazer uma! Não custa nada, meu filho… Nossa Senhora Aparecida é muito milagrosa…

— Está bem, seu padre… Muito obrigado. Deus lhe pague pelo conselho e pela esmola também. Deus lhe pague, seu padre.

O padre se afastou e logo chegou o irmão do menino.

— O que aquele padre estava falando com você!

— Ele me deu uma esmola e me aconselhou a fazer uma promessa à Nossa Senhora Aparecida, para que ela me cure.

— Será que dá resultado? Ela ê muito milagrosa. Mas você já visitou tantos e tantos médicos, não é mesmo!

— Sim. É verdade.

— Mas em todo caso, não custa nada tentar. Dizem que precisa ter fé.

— Eu tenho fé, retrucou Sebastião. Eu sempre tive fé em Nossa Senhora Aparecida.

— Você tem muita vontade de andar, não é Sebastião!

— Se tenho… Você não pode imaginar como é triste ficar encostado num canto vendo tanta gente andar… E eu sempre me arrastando encostado em você… É muito triste, meu irmão… Muito triste mesmo…

Sebastião fez a promessa e intimamente pediu com muito fervor à Nossa Senhora Aparecida, a graça de poder caminhar.

Naquela noite nem teve tempo de contar a quantidade de esmolas conseguidas com sua mendicância. Foi para o leito e pediu ardorosamente à Nossa Senhora Aparecida a graça de poder andar, fazendo uma promessa.

Os dias foram passando, e já no terceiro dia, Sebastião sentiu que podia fazer movimentos com os pés. Nada disse ao irmão, com medo que fosse um falso alarme. No dia seguinte também experimentou, e conseguiu caminhar alguns passos. Quase não cabia em si de contentamento… Experimentou mais algumas vezes e notou deslumbrado que podia andar… Quando seu irmão o viu caminhando, mal pode crer no que seus olhos viam. Sebastião andava. O pobre paralítico estava radicalmente curado.

Fora um grandioso milagre de Nossa Senhora Aparecida, a grande Padroeira do Brasil, mãe de todos os infelizes que dirigem a Ela preces fervorosas.²

Mas, os milagres acabaram?

Uma pergunta intrigante poderia ficar na cabeça do nosso caro leitor: “será que os milagres acabaram”? É uma pergunta razoável de se fazer em meio a este turbilhão de maldade que assola o mundo atualmente.

A resposta tenderia a ser positiva, “sim, os milagres acabaram”, entretanto não o é!

Para aqueles que já tiveram a oportunidade de visitar o Santuário Nacional de Aparecida puderam comprovar, ao entrar na sala dos milagres, que a “era do milagres” não acabou e que por sinal são mais numerosos que imaginamos. São centenas de milhares de milagres ocorridos e graças alcançadas por pessoas anônimas aos olhos dos homens, mas que aos olhos da Virgem Aparecida são lembrados constantemente.

Gostaria aqui de citar mais um milagre de Nossa Senhora, mas pensando melhor, vou dá uma brechinha ao leitor de continuar este artigo colocando abaixo o seu milagre ou sua graça alcançada.

Oração:

Ó Senhora da Conceição Aparecida, que fizestes tantos milagres que comprovam Vossa poderosa intercessão junto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, obtende para nossas famílias as graças de que tanto necessitam. Defendei-nos da violência, das doenças, do desemprego, e sobretudo do pecado, que nos afasta de Vós. Protegei nossos filhos de tantos fatores de deformação da juventude. E concedei a todos os membros de nossas famílias a graça de poderem trilhar o caminho de perfeição e de paz ensinado por Vosso Divino Filho, que afirmou: “Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em Mim. Haveis de ter aflições no mundo; mas tende confiança, Eu venci o mundo!” Amém.

¹A Padroeira, os milagres e as famílias, Pe. Luiz Alexandre de Souza

²JORGE, Fred. Aparição e milagres de Nossa Senhora Aparecida. São Paulo. 1954.

Faça sua novena junto com os Arautos clicando na imagem abaixo

Outros milagres de Nossa Senhora Aparecida: Clique aqui!

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Nossa Senhora do Rosário, o auxílio certo nas horas incertas

07 de Outubro de 2013

Memória de Nossa Senhora do Rosário

          A Santa Igreja, sendo guiada pelo Espírito Santo durante seus dois milênios de história, produziu diversos e abundantes frutos de devoção e manifestação de amor a Deus. Dentre esses frutos, destacaremos um dos mais belos e conhecidos na piedade católica, o Rosário de Nossa Senhora.

            Onde e quando surgiu essa afamada devoção?

            Corria o ano de 1214 e se alastrava na França uma terrível heresia sustentada pelos albigenses, que estava devastando a fé naquela região. Para combater essa chaga na Igreja de Jesus Cristo, um santo homem pregava a doutrina verdadeira e refutava os erros albigenses. Era o ardoroso São Domingos. Entretanto, vendo que seus esforços eram praticamente insuficientes, o santo se retira para uma floresta, onde passa três dias na mais profunda oração e penitência. Quando já estava quase sem forças, lhe aparece Nossa Senhora e entrega-lhe, em suas mãos, a arma com que iria vencer essa disputa, o Rosário.

            São Domingos dirige-se à catedral onde, subitamente, a natureza manifesta um terrível espetáculo de trovões, tremores e até o sol se velou. Após essa amostra do desgosto de Deus, devido à heresia daquele povo, São Domingos faz uma entusiasmada pregação sobre a excelência do Rosário, convertendo a grande parte dos fiéis que o ouviam.¹ Mais tarde, em 1571, a esquadra cristã vendo-se em grande perigo diante de uma arriscada batalha no golfo de Lepanto, recomenda-se ao auxílio da Santíssima Virgem através da recitação do Rosário, obtendo a vitória depois de um difícil combate. E no ano seguinte o Papa São Pio V institui esta comemoração em ação de graças pela vitória.

            Diante de tantos prodígios, poderia alguém hesitar em inserir esta devoção na sua vida? Diante de tantos problemas que nos rodeiam, poderíamos nós não recorrermos ao auxílio da Mãe daquele que tudo pode? Comecemos, então, a partir de hoje a seguir o conselho que Ela mesma deu em Fátima: “Se queres ter paz, reze o terço todos os dias”.

¹Cf. MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. O Segredo admirável do Santíssimo Rosário. BAC, Madri, 1954.

Por Rodrigo Siqueira

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