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Um presente para você: a medalha de São Bento!

10 de Julho de 2013

By VDias

* São Bento de Núrsia

          É da região de Núrsia, provavelmente no ano de 480, que Bento, “varão de vida venerável”, veio ao mundo para, mais tarde, tornar-se o Patriarca dos Monges do Ocidente.

          Nascido de família nobre, desprezou a sabedoria do mundo para unicamente agradar a Deus, vestindo o hábito da vida religiosa.

          Inúmeros foram os milagres que Deus se aprouve em realizar por seu intermédio. Mas, sobretudo, foi escolhido pela Providência para fundar uma Ordem Monástica destinada a atravessar os séculos.

* Benefícios da Medalha de São Bento

          Muito conhecida é a Medalha de São Bento. Poderoso instrumento de proteção contra o demônio, o pecado e toda espécie de males. Ao longo dos séculos, numerosos são os testemunhos dos que alcançaram graças por meio desta Medalha: socorro em casos de doenças, proteção contra calúnias, feitiços e acidentes em viagens; conversões e exorcismos de pessoas, além de conceder graças especiais na hora da morte. Estes são só alguns de seus efeitos.

          Lembremo-nos, entretanto, que as inúmeras graças alcançadas por meio deste precioso instrumento de fé são, antes de tudo, frutos da vida santa do abade Bento.

* Como nasceu a devoção da Medalha de São Bento

          Os habitantes de Metten, Alemanha, narram o seguinte fato.

          Certo homem, invejoso e inescrupuloso, quis tomar as terras pertencentes à ordem de São Bento, a qual tinha – e tem – um grande mosteiro naquela cidade. Não encontrou outro meio senão pedir a um grupo de feiticeiras que pedissem ao pai da mentira que os arrancasse dali. Durante muito tempo as bruxas pediram ao demônio aquele feito, mas nada conseguiram pois este, sempre que saía, voltava furioso e sem nada obter.

          O homem então quis saber a causa. Uma das mulheres disse então: “nada podemos fazer nos locais onde certa cruz está inscrita”. Assustado o homem voltou para casa e pouco tempo depois caiu doente. Na hora da morte confessou seus pecados e contou aos que estavam ao seu redor o fato do demônio e a cruz. A notícia correu rapidamente pela região e quando foram averiguar o fato, encontraram em diversas partes do convento a imagem da cruz de São Bento. Esta cruz que no século XVII afugentou o inimigo infernal e protegeu o convento de Metten é a que encontramos hoje gravada na medalha de São Bento.

* Significado da Medalha

          Na face onde vemos a Cruz temos inscrito ao seu redor a palavra PAX (paz) que é o lema da Ordem de São Bento. Às vezes, PAX é substituído pelo monograma de Cristo “IHS

          Entre os braços da cruz temos quatro iniciais “C.S.P.B.”, que querem dizer “Crux Sancti Patris Benedicti” – “A Cruz do Santo Pai Bento

          Ao redor temos a oração de um exorcismo que está resumido nas letras:

“C.S.S.M.L”: “Crux Sacra Sit Mihi Lux” – “A Cruz sagrada seja minha luz”.

N.D.S.M.D”: “Non Draco Sit Mihi Dux” – “Não seja o dragão meu guia”.

V.R.S.N.S.M.V”: “Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana” – “Retira-te Satanás, nunca me aconselhes coisas vãs!”

S.M.Q.L.I.V.B” – “Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas” – “É mau o que me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!”.

          No verso da medalha vemos a imagem de São Bento, segurando na mão esquerda o livro da Regra que ele escreveu para os monges e, na outra mão, sustenta uma cruz; junto a ele vemos um cálice, do qual sai uma serpente, e um corvo. Estes dois símbolos relembram as duas tentativas de envenenamento do Santo. Quem nos narra é São Gregório, em seus “Diálogos”.

* A taça de veneno

          Próximo à gruta onde se refugiara São Bento, havia um mosteiro que ficara sem abade. Os monges pediram que ele assumisse o cargo de superior, mas o santo não queria aceitar e atestava que os seus costumes não iriam se harmonizar com os dos monges que levavam uma vida já solta e sem observância da regra. Mas, por fim, acabou aceitando.

          São Bento começou então a exigir a observância dos costumes e da regra do convento. Arrependidos pela escolha de tal superior, decidiram matá-lo, colocando veneno na taça de vinho. Quando o servo de Deus sentou-se à mesa, apresentaram-lhe a bebida. Seguindo o costume da casa, estendeu a mão e pronunciou a benção. No mesmo instante a taça explodiu, reduzindo-se a cacos. Compreendendo o que havia se passado, levantou-se tranquilamente e reuniu a comunidade, dizendo: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos. Por que me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente que não se harmonizariam os vossos costumes com os meus? Ide, e procurai para vós um Pai consoante à vossa vida; depois disto já não me podereis reter”. Assim, São Bento retornou para sua gruta.

* O pão da inveja

          Em outra ocasião um sacerdote de uma igreja próxima ao mosteiro onde então morava São Bento, começou a invejar as virtudes do santo, e não conseguindo denegrir a pessoa do servo de Deus decidiu matá-lo enviando de presente um pão envenenado.

          No momento das refeições, era costume aparecer – vindo da floresta – um corvo que era alimentado diariamente com um pedaço de pão que recebia das mãos de São Bento. Naquele dia, no momento em que a ave apareceu, foi revelado ao santo o crime do presbítero invejoso. São Bento atirou para o corvo o pão inteiro e ordenou que o atirasse para longe, onde ninguém pudesse encontrá-lo. O pássaro tomou o pão no bico e voou para longe, voltando depois sem nada.

           Para a memória destes dois fatos, ficaram gravados estes sinais na medalha.

          Ao redor da Imagem do Santo lê-se: “Eius In Obtu Nro Praesentia Muniamur” – “Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora de nossa morte”. Um pedido que unido ao da Ave Maria, “rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”, nos enche de confiança no momento presente e na nossa hora derradeira, quando esperamos ouvir dos lábios do Divino Mestre: “Vinde, benditos de meu Pai”.

* Bênção e imposição da Medalha de São Bento

          Seguindo a tradição, no próximo domingo, dia 14 de julho, ao término da Missa das 17:30hs., na Comunidade dos Arautos do Evangelho, haverá a bênção e imposição da Medalha de São Bento.

          A medalha será um presente dos Arautos para você. Até lá.

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São João Batista: o eco de uma voz que ressoa por mais de dois mil anos

21 de Junho de 2013

by Rodrigo Siqueira

               A alegria está invadindo os bairros e praças do nosso grande Brasil. Comes e bebes, festas, trocas de gentilezas e muitos rojões fazem parte da comemoração que nos rodeia neste mês de junho. Mas tudo isso por quê?

               Porque há homens que nasceram para marcar a História: a sua pessoa, os seus atos, a sua personalidade atravessam os séculos e nos servem de modelo a imitar e de exemplo a seguir.

               São João Batista faz parte desta linhagem de pessoas, homem suscitado por Deus para corrigir os erros de sua época e para iluminar e perfumar a História. Quem foi este tão famoso santo que todos já ouviram falar, mas que nem todos o conhecem?

               Desde os primeiros instantes de sua existência, quando ainda estava no ventre materno, demonstrou possuir uma missão fora do comum. Quando a Santíssima Virgem, após a revelação de São Gabriel, atravessou apressadamente os montes para ir auxiliar a sua santa prima, a qual também concebeu por uma ação divina, e por fim pronunciou-lhe a saudação, o pequeno João pulou de alegria a ponto de deixar patente aos circunstantes se tratar de uma vocação especial. Dele afirmou o evangelista: “Veio um homem enviado por Deus; seu nome era João. (Jo 1, 6).

               Mais tarde encontrou-se no deserto uma figura singular, um homem que se alimentava de gafanhotos e mel silvestre, passava pelos lugares exortando as pessoas que aplainassem o caminho de Deus, ou seja, que suas almas fossem planas e retas sem os desvios e asperezas que são frutos do pecado; um homem altivo apesar de possuir um corpo tratado por heroicas penitências. Entretanto, o fazer penitência é um ato que exige muito do ser humano. Para que alguém esteja realmente disposto a este sacrifício, é necessário que compreenda que pecou, e que este ato irá constituir uma reparação e um pedido de perdão ao Redentor. São João Batista tinha este princípio diante dos olhos, por isso jejuava e se sacrificava pelos pecados do povo. Deus, então, em atenção à sua penitência, concedia força às suas palavras para mover as almas que cruzassem os ouvidos com a sua voz.

               Monsenhor João Clá Dias comentará a seu respeito: “[…] Mas, enquanto preparava o povo judeu para seu encontro com o Messias, São João Batista foi entreabrindo as portas da revelação que o próprio Filho de Deus vinha trazer”.¹

               Assim, o homem de Deus batizava os arrependidos como prefigura e preparação do batismo por excelência trazido por Jesus, e no momento em que lhe comunicam que todos vão ao batismo de Jesus, ele não hesita em manifestar sua humildade dizendo: “É necessário que ele cresça e eu diminua.”

               Que nesta festa de São João, nos lembremos de seus ensinamentos e do seu exemplo de vida; auxiliados pela sua intercessão, tenhamos dor de nossos pecados e peçamos perdão ao nosso Redentor, afim de que, além da animação dos fogos e do bom convívio, aproveitemos a essência desta comemoração, que está em ouvirmos essa voz que ressoa por mais de dois mil anos.

¹CLÁ DIAS, João. In: Revista Arautos do Evangelho, Fazei penitência! Nº120, 2011. p. 15

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Você conhece a origem das Festas Juninas?

17 de Junho de 2013

By Diego Maciel 

            Do Prata ao Amazonas, do mar às Cordilheiras, todo o povo brasileiro, com seus trajes e comidas, danças e fogueiras, comemoram as festas juninas. Durante este mês,  por onde se passa, é notório ver como as pessoas se preparam para tal acontecimento. Bandeiras, barracas, luzes, etc. Mas, de onde vem esta tradição? Por que elas são celebradas com estas características próprias?

Origem das festas juninas

            As festas juninas recebem este título pelo simples motivo de serem solenizadas no mês de junho, e se dão pelo fato de se comemorarem as festas de três grandes santos: Santo Antônio, São João Batista e São Pedro.

            Estas festas tiveram início na Europa. Eram comemoradas pelos pagãos, tendo como marco inicial o solstício de verão, 24 de junho, dia mais longo do ano, marcando assim, o começo do plantio.  Aos poucos ela passou a tomar características católicas. Na Idade Média ela era conhecida como festa Joanina, por fazer alusão a São João Batista, o precursor do Senhor, que por coincidência também era comemorada no mesmo dia 24 de junho.

Fogueira e rojão, dança e balão

            As fogueiras, tão conhecidas por estarem presentes diante de nossas casas no dia de São João, também faziam parte das comemorações pagãs do solstício de verão, e a pari pasu, este símbolo foi sendo incorporado à festa do santo. Conta a tradição Católica que o costume de se acender fogueiras no dia de São João, surgiu a parir de um acordo feito entre Nossa Senhora e sua prima Santa Isabel. Quando Isabel estivesse para dar à luz o Precursor, deveria acender uma fogueira sobre um monte como sinal de que nascera seu filho João Batista. Por isso, se tem o costume de acender a fogueira às 18h, momento da Ave Maria.

            Os fogos de artifício, que deixam o céu mais colorido e quebram a monotonia do silêncio da noite, foram trazidos pelos nossos colonizadores portugueses, que segundo conta a tradição popular, serviam para acordar São João.

            A quadrilha também foi trazida pelos portugueses no século XIX. Entretanto, esta folia tem sua origem numa dança francesa muito famosa nos meios aristocráticos no século XVII. Aos poucos esta dança foi sofrendo alterações devido a grande influência de danças regionais brasileiras, sobretudo na zona rural.

            Os balões, que embelezam o azul celeste com seus coloridos, serviam somente para avisar que a festa estava começando. Logo,  o povo acorria junto às praças para comemorarem tal acontecimento. Mas, com o passar do tempo, as pessoas passaram a soltar balões como ato de devoção. Estes serviam para levar os pedidos dos homens até São João.

            Então, as comemorações das festas dos três santos, mais fogueira e rojão, dança e balão formam o conjunto das famosas Festas Juninas.

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Imaculado Coração de Maria: ternura daqueles que Vos invocam!

08 de junho de 2013

          Ao recitarmos a Ladainha do Imaculado Coração de Maria, nos deparamos com esta sublime invocação: ternura daqueles que vos invocam. Uma das características da devoção que devemos tributar a Nossa Senhora consiste sem dúvida em ser terna. Entretanto, a devoção não se faz só de ternura, de efusões sentimentais e efetivas. Para ser sólida, é preciso que se funde em conhecimentos precisos, exatos, lógicos. Só da Verdade bem conhecida pode sair o amor durável e sincero. A piedade deve ser firmada no estudo da doutrina católica. É aí que ela há de encontrar seu melhor fundamento, sua verdadeira raiz.

Devo ter eu devoção a Nossa Senhora?

         Para salvar as almas dos pobres pecadores, “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração” – dizia a Santíssima Virgem na aparição de 13 de julho de 1917, ao tratar do cerne de sua mensagem. Porém, não foi esta a única ocasião em que Nossa Senhora se referiu à importância dessa devoção. Mencionou-a diversas outras vezes nas suas mensagens, e tal insistência não pode deixar de ser seriamente considerada.

           Quem se tomar de verdadeiro e sincero amor por essa boa Mãe, puríssima e inigualável, e pôr em prática a devoção ao seu Imaculado Coração, será favorecido por seu contínuo amparo. Por maiores que tenham sido os pecados cometidos, Nossa Senhora intercederá pelo fiel devoto junto a seu Divino Filho, obtendo-lhe todas as graças de emenda de vida e perseverança no bom caminho. A devoção ao Imaculado Coração de Maria é, portanto, um dos principais remédios para a ruína contemporânea.

(arautos.org)

Cristo Jesus e Maria Santíssima: Um só Coração e uma só Alma!

                    O povo brasileiro entende com facilidade que alguém se consagre ao Sagrado Coração de Jesus. E isso tem sido feito com frequência em muitos seios familiares. Contudo, é pouco frequente, sobretudo em meios não Católicos, que se compreenda uma consagração ao Coração de Maria. Poderá até haver pessoas que vejam isso como um paradoxo. Como pertencer ao mesmo tempo a dois senhores, obedecer a dois corações? Uma consagração não será contraditória a outra?

                Não pode haver algo de mais incoerente. A consagração ao Coração de Maria é um complemento da que se faz ao Coração de Jesus; não é um complemento qualquer, mas sim, um complemento precioso e admirável.

            O Coração de Maria é a morada do Coração de Jesus. O Evangelho nos narra que: Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração. (Lc. 2,19) Portanto, no Coração de Maria a Palavra de Deus encontrou abrigo. A  união entre Eles é tal, que São João Eudes afirma  que os dois Corações são na verdade um só. Então, nossa oração deveria ser a seguinte: Sagrado Coração de Jesus e Maria! Rogai por nós que recorremos a Vós!

          Toda a piedade mariana está posta sobre está verdade fundamental de que Maria é a medianeira universal de todas as graças. Jesus veio ao mundo através de Maria e é por meio Dela que vamos até Ele.

          O grande São Luiz Grignion de Monfort afirma em seu “Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem” que: Se a Devoção à Santíssima Virgem nos afastasse de Jesus Cristo, deveríamos repeli-la como uma ilusão do demônio. Mas muito pelo contrário, como já o fiz ver e voltarei a mostrar mais adiante, esta devoção é-nos indispensável para encontrar perfeitamente Jesus Cristo, para O amar ternamente e servir com fidelidade”.

          Com efeito, pronunciar um ato de consagração é fácil. Consagrar-se sinceramente, inteiramente, a fundo, é muito mais difícil. Para conseguirmos as condições necessárias para uma perfeita consagração a Nosso Senhor nada mais perfeito, mais seguro, mais útil do que consagrarmo-nos a Maria Santíssima! “Pois esta é a vontade de Deus, que quis que recebêssemos tudo por Maria. Se, pois, temos alguma esperança, alguma graça, algum dom salutar, saibamos que nos vem d’Ela” (São Bernardo).


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