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Nossa Senhora do Rosário, o auxílio certo nas horas incertas

07 de Outubro de 2013

Memória de Nossa Senhora do Rosário

          A Santa Igreja, sendo guiada pelo Espírito Santo durante seus dois milênios de história, produziu diversos e abundantes frutos de devoção e manifestação de amor a Deus. Dentre esses frutos, destacaremos um dos mais belos e conhecidos na piedade católica, o Rosário de Nossa Senhora.

            Onde e quando surgiu essa afamada devoção?

            Corria o ano de 1214 e se alastrava na França uma terrível heresia sustentada pelos albigenses, que estava devastando a fé naquela região. Para combater essa chaga na Igreja de Jesus Cristo, um santo homem pregava a doutrina verdadeira e refutava os erros albigenses. Era o ardoroso São Domingos. Entretanto, vendo que seus esforços eram praticamente insuficientes, o santo se retira para uma floresta, onde passa três dias na mais profunda oração e penitência. Quando já estava quase sem forças, lhe aparece Nossa Senhora e entrega-lhe, em suas mãos, a arma com que iria vencer essa disputa, o Rosário.

            São Domingos dirige-se à catedral onde, subitamente, a natureza manifesta um terrível espetáculo de trovões, tremores e até o sol se velou. Após essa amostra do desgosto de Deus, devido à heresia daquele povo, São Domingos faz uma entusiasmada pregação sobre a excelência do Rosário, convertendo a grande parte dos fiéis que o ouviam.¹ Mais tarde, em 1571, a esquadra cristã vendo-se em grande perigo diante de uma arriscada batalha no golfo de Lepanto, recomenda-se ao auxílio da Santíssima Virgem através da recitação do Rosário, obtendo a vitória depois de um difícil combate. E no ano seguinte o Papa São Pio V institui esta comemoração em ação de graças pela vitória.

            Diante de tantos prodígios, poderia alguém hesitar em inserir esta devoção na sua vida? Diante de tantos problemas que nos rodeiam, poderíamos nós não recorrermos ao auxílio da Mãe daquele que tudo pode? Comecemos, então, a partir de hoje a seguir o conselho que Ela mesma deu em Fátima: “Se queres ter paz, reze o terço todos os dias”.

¹Cf. MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. O Segredo admirável do Santíssimo Rosário. BAC, Madri, 1954.

Por Rodrigo Siqueira

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Alegria até para os anjos

08 de Setembro de 2013

Natividade de Nossa Senhora e primeiras comunhões

          Essa pergunta, feita por São Pedro Damião em seu “Segundo Sermão sobre a Natividade de Nossa Senhora”, ainda surge hoje quando se trata de comemorar essa solenidade. O acontecimento é grande demais. E assim o santo justificou sua perplexidade:

          “Às trevas do paganismo e à falta de fé dos judeus, representadas pelo templo de Salomão, sucede o dia luminoso no templo de Maria. É justo, portanto, cantar este dia e Aquela que nele nasceu. Mas como poderíamos celebrá-la dignamente? Podemos narrar as façanhas heroicas de um mártir ou as virtudes de um santo, porque são humanas. Mas como poderá a palavra mortal, passageira e transitória exaltar Aquela que deu à luz a Palavra que fica? Como dizer que o Criador nasce da criatura?”

           Está inteiramente de acordo com o espírito da Igreja festejar com alegria a Festa da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria. Sua comemoração é feita no dia 8 de Setembro. “A celebração de hoje é para nós o começo de todas as festas”, afirma o Calendário Litúrgico Bizantino. O nascimento de Maria Santíssima traz ao mundo o anuncio jubiloso de uma boa nova: a mãe do Salvador já está entre nós. Ele é o alvorecer prenunciativo de nossa salvação, o início histórico da obra da Redenção.

          A alegria nas comemorações da festa litúrgica do nascimento de Nossa Senhora é justificadamente incentivada a todos, até aos anjos:

          “Alegrem-se todos os homens porque o nascimento da Virgem veio anunciar-lhes a aurora do grande dia da libertação pela qual aspiram todos os povos. Alegrem-se todos os anjos porque neste dia foi-lhes dada pela primeira vez a ocasião de reverenciar a sua futura Rainha.”

(http://www.arautos.org/especial/19039/A-Natividade-de-Maria.html)

*          *          *

          “Deixai vir a mim os pequeninos, deles é o reino dos Céus” … Nos dias de hoje é importante que pais e sacerdotes favoreçam a que as crianças que atingiram o uso da razão se preparem convenientemente para receberem, o quanto antes, o corpo e sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. O decreto de São Pio X caminha no sentido de que quanto menor a idade, melhor é comungar, mais digna será a acolhida a Cristo sacramentado.

          Por isso também hoje houve mais uma alegria na Terra que contagiou o Céu, pois  5 crianças receberam por primeira vez a Jesus Sacramentado durante a Missa Solene da Natividade de Maria. Elas foram previamente preparadas através de aulas de catequese ministradas pelos Cooperadores dos Arautos do Evangelho.

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Imaculado Coração de Maria: ternura daqueles que Vos invocam!

08 de junho de 2013

          Ao recitarmos a Ladainha do Imaculado Coração de Maria, nos deparamos com esta sublime invocação: ternura daqueles que vos invocam. Uma das características da devoção que devemos tributar a Nossa Senhora consiste sem dúvida em ser terna. Entretanto, a devoção não se faz só de ternura, de efusões sentimentais e efetivas. Para ser sólida, é preciso que se funde em conhecimentos precisos, exatos, lógicos. Só da Verdade bem conhecida pode sair o amor durável e sincero. A piedade deve ser firmada no estudo da doutrina católica. É aí que ela há de encontrar seu melhor fundamento, sua verdadeira raiz.

Devo ter eu devoção a Nossa Senhora?

         Para salvar as almas dos pobres pecadores, “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração” – dizia a Santíssima Virgem na aparição de 13 de julho de 1917, ao tratar do cerne de sua mensagem. Porém, não foi esta a única ocasião em que Nossa Senhora se referiu à importância dessa devoção. Mencionou-a diversas outras vezes nas suas mensagens, e tal insistência não pode deixar de ser seriamente considerada.

           Quem se tomar de verdadeiro e sincero amor por essa boa Mãe, puríssima e inigualável, e pôr em prática a devoção ao seu Imaculado Coração, será favorecido por seu contínuo amparo. Por maiores que tenham sido os pecados cometidos, Nossa Senhora intercederá pelo fiel devoto junto a seu Divino Filho, obtendo-lhe todas as graças de emenda de vida e perseverança no bom caminho. A devoção ao Imaculado Coração de Maria é, portanto, um dos principais remédios para a ruína contemporânea.

(arautos.org)

Cristo Jesus e Maria Santíssima: Um só Coração e uma só Alma!

                    O povo brasileiro entende com facilidade que alguém se consagre ao Sagrado Coração de Jesus. E isso tem sido feito com frequência em muitos seios familiares. Contudo, é pouco frequente, sobretudo em meios não Católicos, que se compreenda uma consagração ao Coração de Maria. Poderá até haver pessoas que vejam isso como um paradoxo. Como pertencer ao mesmo tempo a dois senhores, obedecer a dois corações? Uma consagração não será contraditória a outra?

                Não pode haver algo de mais incoerente. A consagração ao Coração de Maria é um complemento da que se faz ao Coração de Jesus; não é um complemento qualquer, mas sim, um complemento precioso e admirável.

            O Coração de Maria é a morada do Coração de Jesus. O Evangelho nos narra que: Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração. (Lc. 2,19) Portanto, no Coração de Maria a Palavra de Deus encontrou abrigo. A  união entre Eles é tal, que São João Eudes afirma  que os dois Corações são na verdade um só. Então, nossa oração deveria ser a seguinte: Sagrado Coração de Jesus e Maria! Rogai por nós que recorremos a Vós!

          Toda a piedade mariana está posta sobre está verdade fundamental de que Maria é a medianeira universal de todas as graças. Jesus veio ao mundo através de Maria e é por meio Dela que vamos até Ele.

          O grande São Luiz Grignion de Monfort afirma em seu “Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem” que: Se a Devoção à Santíssima Virgem nos afastasse de Jesus Cristo, deveríamos repeli-la como uma ilusão do demônio. Mas muito pelo contrário, como já o fiz ver e voltarei a mostrar mais adiante, esta devoção é-nos indispensável para encontrar perfeitamente Jesus Cristo, para O amar ternamente e servir com fidelidade”.

          Com efeito, pronunciar um ato de consagração é fácil. Consagrar-se sinceramente, inteiramente, a fundo, é muito mais difícil. Para conseguirmos as condições necessárias para uma perfeita consagração a Nosso Senhor nada mais perfeito, mais seguro, mais útil do que consagrarmo-nos a Maria Santíssima! “Pois esta é a vontade de Deus, que quis que recebêssemos tudo por Maria. Se, pois, temos alguma esperança, alguma graça, algum dom salutar, saibamos que nos vem d’Ela” (São Bernardo).


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2 de Fevereiro – Solenidade da Apresentação do Senhor e Festa da Purificação de Nossa Senhora

Presentación del Niño Jesús en el Templo Luis de Vargas Museo de Bellas Artes- Sevilla

Origens

São inúmeras as explicações para a origem da festa da Purificação. Beda o venerável, em seu “De Temporum rationem” faz menção a uma festa pagã, as Lupercálias, onde pessoas ofereciam aos deuses bodes e cães para pedirem fertilidade e purificação da terra. Após sacrificarem esses animais, cortavam tiras de couro e saíam pelas ruas de Roma correndo e batendo em todos os que encontravam pela frente.

O papa Gelásio I encontrou na liturgia de Jerusalém o remédio para combater tal costume desordeiro. Ali, na Terra Santa era costume desde o século IV o povo sair nas ruas em uma grande e solene procissão levando tochas e candeias acesas quarenta dias após a Epifania, ou seja, no dia 15 de fevereiro, era a festa da Hypapante (“encontro” em Grego).

Em Roma esta cerimônia foi transferida para o dia 2 de Fevereiro, quadragésimo dia após o 25 de Dezembro, data em que o natal era comemorado na Cidade Eterna.

A Benção das Velas

No mesmo dia 2 de Fevereiro a Igreja comemora em todo o mundo a festa de Nossa Senhora das Candeias, da Candelária, da Luz, da Glória, da Purificação, do Bom Sucesso. É um costume antiquíssimo que nesta data sejam abençoadas velas e distribuídas ao povo. O Beato João Paulo II certa vez disse:

“Hoje também nós, com as velas acesas, vamos ao encontro d’Aquele que é ‘a Luz do mundo’ e acolhemo-l’O na sua Igreja com todo o impulso da nossa fé baptismal.(…). Na tradição polaca, assim como na de outras Nações, estas velas benzidas têm um significado especial porque, levadas para casa, são acendidas nos momentos de perigo, durante os temporais e os cataclismos, em sinal da entrega de si, da família e de quanto se possui à proteção divina. Eis por que, em polaco, estas velas se chamam ‘gromnice’, isto é, velas que afastam os raios e protegem contra o mal, e esta festividade é chamada com o nome de Candelária.

“Ainda mais eloquente é o costume de colocar a vela, benzida neste dia, entre as mãos do cristão, no leito de morte, para que ilumine os últimos passos do seu caminho rumo à eternidade. Com esse gesto quer-se afirmar que o moribundo, seguindo a luz da fé, espera entrar nas moradas eternas, onde já não se tem ‘necessidade da luz da lâmpada nem da luz do sol, porque o Senhor Deus o iluminará’” (cf. Ap 22, 5). (HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II NA SOLENIDADE DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR NO TEMPLO E FESTA  DE NOSSA SENHORA DA CANDELÁRIA 2 de Fevereiro de 1998)

Dia Mundial da Vida Consagrada

Em 1997, o mesmo papa, Instituiu o dia Mundial da Vida consagrada.

“No dia em que a Igreja faz memória da Apresentação de Jesus no templo, celebra-se o Dia da Vida Consagrada. Com efeito, o episódio evangélico ao qual nos referimos constitui um ícone significativo da doação da própria vida por parte de quantos foram chamados a representar na Igreja e no mundo, mediante os conselhos evangélicos, os traços característicos de Jesus, casto, pobre e obediente, o Consagrado do Pai. Portanto, na festividade deste dia nós celebramos o mistério da consagração: consagração de Cristo, consagração de Maria, consagração de todos aqueles que se põem na sequela de Jesus por amor do Reino de Deus.Adoração Perpétua na Basílica de Nossa Senhora do Rosário

“(…)o Dia da Vida Consagrada deseja ser, sobretudo para vós, queridos irmãos e irmãs que abraçastes esta condição na Igreja, uma preciosa ocasião para renovar os propósitos e reavivar os sentimentos que inspiraram e inspiram a doação de vós mesmos ao Senhor. É isto que queremos fazer hoje, este é o compromisso que sois chamados a realizar todos os dias da vossa vida”. (Homilia de  Bento XVI nas vésperas da Festa da Apresentação de Jesus no Templo por ocasião do XVI  dia Mundial da vida consagrada, 02 de Fevereiro de 2012)

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