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O que é o Domingo Laetare?

Mons. João Clá Dias usando paramentos róseos

A Quaresma é um tempo penitencial, de oração, jejum e esmola, onde a cor litúrgica é o roxo. Todavia, temos, no decorrer deste tempo, um momento de júbilo, onde a cor litúrgica passa do roxo para o rosa. É o chamado “Domingo Laetare”, ou “Domingo da Alegria”, que ocorrerá neste próximo domingo (10/03). Mas, você sabe o porquê?

O IV Domingo da Quaresma recebe estes nomes porque assim começa, neste dia, a Antífona de Entrada da Eucaristia: Laetare, Ierusalem, et conventum facite omnes qui diligites eam; gaudete cum laetitia, qui in tristitia fuistis; ut exsultetis, et satiemini ab uberibus consolationis vestrae” (“Alegra-te Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações”), conforme Isaías 66, 10-11.

A cor litúrgica passa do roxo para o rosa para representar a alegria pela proximidade da Páscoa.

Este domingo já foi chamado também de “Domingo das Rosas”, pois, na antiguidade, os cristãos costumavam se presentear com rosas. E é aqui que surge a “Rosa de Ouro”.

No século X surgiu, então, a tradição da “Bênção da Rosa”, ocasião em que o Santo Padre, no IV Domingo da Quaresma, ia do Palácio de Latrão à Basílica Estacional de Santa Cruz de Jerusalém, levando na mão esquerda uma rosa de ouro que significava a alegria pela proximidade da Páscoa. Com a mão direita, o Papa abençoava a multidão. Regressando processionalmente a cavalo, o Papa tinha sua montaria conduzida pelo prefeito de Roma. Ao chegar, presenteava o prefeito com a rosa, em reconhecimento pelos seus atos de respeito e homenagem.

Daí, então, teve início o costume de oferecer a “Rosa de Ouro”, para personalidades e autoridades que mantinham uma relação saudável com a Santa Sé, como príncipes, imperadores, reis…

Leão XIII enviou, em 1888, uma Rosa Áurea à princesa Isabel. Nos tempos modernos os papas costumam remeter este símbolo de afeto pessoal a santuários de destaque. Por exemplo, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, recebeu uma Rosa de Ouro de Paulo VI, em 1965, e a Basílica de Nossa Senhora Aparecida recebeu uma de Paulo VI, em 1967 e outra de Bento XVI, em 2007.

 

(texto resumido de http://sacrificiovivoesanto.wordpress.com/2012/03/16/voce-sabe-o-que-e-o-domingo-laetare-e-a-rosa-de-ouro/ e http://arouck.wordpress.com/2009/03/22/laetare/)

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A cátedra de São Pedro

No dia 22 de fevereiro, a Igreja comemora a festa da Cátedra de Pedro. Segundo a Liturgia das Horas essa festa é comemorada desde o “século IV, como sinal da unidade da Igreja, fundada sobre o Apóstolo”.

Nessa data tão especial, os Arautos do Evangelho têm a alegria de comemorar o aniversário de sua aprovação pontifícia. Em 22 de fevereiro de 2001, o Beato João Paulo II concedeu a Aprovação Pontifícia aos Arautos do Evangelho. “Sede mensageiros do Evangelho, por meio do Imaculado Coração de Maria”, disse o pontífice na audiência após a aprovação.

Participe da Missa em ação de graças pelo 12º aniversário de aprovação pontifícia dos Arautos do Evangelho.

Data: 22 de fevereiro de 2013 – 19:30

Local: Sede dos Arautos do Evangelho – Recife (ver mapa)

Transcrevo a seguir um artigo que mostra a importância da festa da Cátedra de São Pedro.
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Catedra Petri, Basílica de São Pedro, Vaticano, Roma_thumb[2].jpg

Milhares de pessoas acorrem todos os anos a Roma afim de venerar o trono de um dos homens mais poderosos que já existiu.

Não, não estou falando do trono de Nero, que era todo feito de marfim. Nem do trono de ouro de um dos césares. Não, absolutamente.

Esse trono era de um simples pescador que após ter sido convidado por seu irmão para conhecer o Messias, teve seu nome mudado pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, de Simão, para Cefas, que significa Pedra (Jo 1, 46), pois sobre ele seria construída a Sua Igreja.

Ele não possuía sangue nobre, mas recebeu do próprio Deus o título de príncipe dos Apóstolos.São Pedro o primeiro papa, de sua cátedra pregava para os primeiros cristãos nas catacumbas. Mais tarde, após o término das perseguições a Igreja, o trono de Pedro foi transladado das catacumbas para a basílica Constantiniana de Latrão.

Durante um período da história, os papas se sentavam nele no dia de sua coroação e nas solenidades da Páscoa e do Natal. Por receio de que se pudesse perder esta relíquia tão preciosa, recobriram-na de bronze e a colocaram no fundo da Basílica do Vaticano, coroada com a tiara, rodeada de anjos e ligeiramente sustentada pelas mãos de quatro doutores da Igreja: Santo Ambrósio, São João Crisóstomo, Santo Atanásio e Santo Agostinho. Estas colossais imagens são feitas de bronze dourado.

Aonde foram parar os tronos dos césares que dominaram e subjugaram o mundo durante sua existência?
Talvez encontre-se em algum museu empoeirado, esquecido (se é que ainda existem).

O trono daquele que foi perseguido por amor à justiça permanece até hoje, sendo venerado por cristãos do mundo inteiro e esta é uma prova da imortalidade da Igreja. (Emílio Portugal Coutinho/Gaudium Press)

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São Brás: Brasa de amor a Deus

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No dia 3 de fevereiro, lembramos a vida São Brás, venerado tanto no Oriente como no Ocidente, nasceu na Armênia, no século III, foi médico e bispo em Sebaste. Como médico, usava dos seus conhecimentos para resgatar a saúde, não só do corpo, mas também da alma, pois se ocupava em evangelizar os pacientes.

No tempo deste santo aconteceu uma forte perseguição religiosa, por isso, como santo bispo, procurou exortar seus fiéis à firmeza da fé. Por sua vez, São Brás, que era testemunho de segurança em Deus, retirou-se para um lugar solitário, a fim de continuar governando aquela Igreja, porém, ao ser descoberto por soldados, disse: “Sede benditos, vós me trazeis uma boa-nova: que Jesus Cristo quer que o meu corpo seja imolado como hóstia de louvor”.

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São Brás foi médico e Bispo de Sebaste

Morreu em 316. Quando as perseguições começaram sob o Imperador Dioclecius (284-305). São Brás fugiu para uma caverna onde ele cuidou dos animais selvagens. Anos mais tarde, caçadores o encontraram e o levaram preso para o governador Agrícola, da Capadócia na Baixa Armênia, durante a perseguição do então Imperador Licinius Lacinianus (308-324). São Brás foi torturado com ferros em brasa e depois foi decapitado.

O costume de abençoar as gargantas no seu dia continua até hoje, sendo usadas velas nas cerimônias comemorativas. São utilizadas para lembrar o fato da mãe do menino curado por São Brás, ter levado a ele velas na prisão. Muitos eventos miraculosos são mencionados nos estudos sobre São Brás e é muito venerado na França e Espanha.

Suas relíquias estão em Brusswick, Mainz, Lubeck, Trier e Cologne na Alemanha. Na França em Paray-le-Monial. Em Dubrovnik na antiga Iugoslávia e em Roma, Taranto e Milão na Itália.

Na liturgia da Igreja Católica São Brás é mostrado com velas nas mãos e em frente a ele, uma mãe carregando uma a criança com mão na garganta, como pedindo para ele cura-la. Daí se originou a benção da garganta no seu dia.

Fatos na vida de São Brás

Aos pés de uma montanha, numa gruta, nos campos de Sebaste, na Armênia, morava um homem puro e ino­cente, doce e modesto. O povo da ci­dade, movido pelas virtudes do Santo Varão, inspirado pelo Espírito Santo, o escolheu como Bispo. Os habitantes da cidade, e até os animais, iam procurá-lo, para obter alívio de seus males.

Um dia, os soldados de Agrícola, governador da Capadócia, procuravam feras nos campos de Sebaste, para martirizar os cristãos na arena, quando depararam com muitos animais ferozes de todas as espécies, leões, ursos, tigres, hienas, lobos e gorilas convivendo na maior harmonia. Olhando-se estupefatos e bo­quiabertos, perguntavam-se o que acontecia, quan­do da negra gruta surge, da escuridão para a luz, um homem caminhando entre as feras, levantando a mão, como que abençoando-as. Tranqüilas e em ordem voltaram para suas covas e desertos de onde vieram.

Um enorme leão de juba ruiva permaneceu. Os soldados, mortos de medo, viram-no levantar a pata e logo após, Brás aproximou-se dele para extrair-lhe uma farpa que lá se cravara. O animal, tranqüilo, foi-se embora.
Sabendo do fato, o governador Agrícola mandou prender o homem da caverna. Brás foi preso sem a menor resistência.

Não conseguindo vergar o santo ancião, que se recusou a adorar os ídolos pagãos, Agrícola mandou que o açoitassem e depois o prendessem na mais negra e úmida das masmorras.

Muitos iam procurar o Santo Bispo, que os aben­çoava e curava. Uma pobre mulher o buscou, aflita, com seu filho nos braços, quase estrangulado por uma espinha de peixe que lhe atravessava a garganta. Comovido com a fé daquela pobre mãe, São Brás passou a mão na cabeça da criança, ergueu os olhos, rezou por um instante, fez o sinal da cruz na garganta do menino e pediu a Deus que o acudisse. Pouco depois a criança ficou livre da espinha que a maltra­tava.

Por várias vezes o santo foi levado à presença de Agrícola, mas sempre perseverava na fé de Jesus Cristo. Em revide era supliciado. Movido por sua fidelidade e amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, São Brás curava e abençoava. Sete mulheres que cui­da­ram de suas fe­ridas, provocadas pelos suplícios de Agrícola, fo­ram também castigadas. Depois o governador foi informado que elas haviam atirado seus ídolosno fundo de um lago próximo, e mandou matá-las.

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“Jesus Cristo quer que o meu corpo seja imolado
como hóstia de louvor”, disse São Brás aos soldados

São Brás chorou por elas e Agrícola, enfurecido, con­denou-o à morte, decretando que o lançassem no lago. Brás fez o sinal da cruz sobre as águas e avançou sem afundar. As águas pareciam uma estrada sob seus pés. No meio do lago parou e desafiou os soldados:

– Venham! Venham e ponham à prova o poder de seus deuses!

Vários aceitaram o desafio. Entraram no lago e afundaram no mesmo instante.

Um anjo do Senhor apareceu ao bom Bispo e ordenou que voltasse à terra firme para ser martirizado. O governador o condenou à decapitação. Antes de apresentar a cabeça ao carrasco, São Brás suplicou a Deus por todos aqueles que o haviam assistido no sofrimento, e também por aqueles que lhe pedissem socorro, após ter ele entrado na glória dos céus.

Naquele instante, Jesus lhe apareceu e prometeu conceder-lhe o que pedia. Morreu São Brás em plena época de ascensão do Cristianismo, em Sebaste, a 3 de fevereiro. Era natural da Armênia.

Brás, brasa, chama do amor de Deus, da fé, do amor ao próximo. A vida heróica de São Brás é um estímulo para que mantenhamos também acesa em nossas almas a brasa da fé, que em meio às trevas sempre arda de zelo, fidelidade e intrepidez a favor do bem.

Dentre os milagres que cercaram a vida deste grande santo, há um que chama particularmente a atenção: seu domínio sobre os animais ferozes, que, na companhia do santo, se tornavam mansos como cordeiros. Qual o sentido de tal fato?

No Paraíso Terrestre, antes do pecado original, Adão e Eva tinham poder sobre os animais, que vi­viam em harmonia com o homem, e o serviam. Como castigo do primeiro pecado, que foi uma revolta contra Deus, a natureza se insurgiu contra o violador da ordem, e os animais passaram a hostilizar o homem.

Pelo apaziguamento que São Brás operava sobre os animais selvagens, quis Deus mostrar aos peca­dores o poder da virtude, que ordena até a natureza indomável das feras.

Hoje em dia, a humanidade geme sob o peso do caos, provocado pelo pecado. E os homens praticam atos de ferocidade nunca vistos. Procuremos a so­lução para a desordem do mundo na Lei de Deus. Pela força da virtude, não só os homens, mas também a própria natureza entrará em ordem. E então que belezas não surgirão de uma sociedade, onde todos pratiquem o bem e amem a verdade?

(Revista Arautos do Evangelho, Fevereiro/2002, n. 2, p. 22-23)

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2 de Fevereiro – Solenidade da Apresentação do Senhor e Festa da Purificação de Nossa Senhora

Presentación del Niño Jesús en el Templo Luis de Vargas Museo de Bellas Artes- Sevilla

Origens

São inúmeras as explicações para a origem da festa da Purificação. Beda o venerável, em seu “De Temporum rationem” faz menção a uma festa pagã, as Lupercálias, onde pessoas ofereciam aos deuses bodes e cães para pedirem fertilidade e purificação da terra. Após sacrificarem esses animais, cortavam tiras de couro e saíam pelas ruas de Roma correndo e batendo em todos os que encontravam pela frente.

O papa Gelásio I encontrou na liturgia de Jerusalém o remédio para combater tal costume desordeiro. Ali, na Terra Santa era costume desde o século IV o povo sair nas ruas em uma grande e solene procissão levando tochas e candeias acesas quarenta dias após a Epifania, ou seja, no dia 15 de fevereiro, era a festa da Hypapante (“encontro” em Grego).

Em Roma esta cerimônia foi transferida para o dia 2 de Fevereiro, quadragésimo dia após o 25 de Dezembro, data em que o natal era comemorado na Cidade Eterna.

A Benção das Velas

No mesmo dia 2 de Fevereiro a Igreja comemora em todo o mundo a festa de Nossa Senhora das Candeias, da Candelária, da Luz, da Glória, da Purificação, do Bom Sucesso. É um costume antiquíssimo que nesta data sejam abençoadas velas e distribuídas ao povo. O Beato João Paulo II certa vez disse:

“Hoje também nós, com as velas acesas, vamos ao encontro d’Aquele que é ‘a Luz do mundo’ e acolhemo-l’O na sua Igreja com todo o impulso da nossa fé baptismal.(…). Na tradição polaca, assim como na de outras Nações, estas velas benzidas têm um significado especial porque, levadas para casa, são acendidas nos momentos de perigo, durante os temporais e os cataclismos, em sinal da entrega de si, da família e de quanto se possui à proteção divina. Eis por que, em polaco, estas velas se chamam ‘gromnice’, isto é, velas que afastam os raios e protegem contra o mal, e esta festividade é chamada com o nome de Candelária.

“Ainda mais eloquente é o costume de colocar a vela, benzida neste dia, entre as mãos do cristão, no leito de morte, para que ilumine os últimos passos do seu caminho rumo à eternidade. Com esse gesto quer-se afirmar que o moribundo, seguindo a luz da fé, espera entrar nas moradas eternas, onde já não se tem ‘necessidade da luz da lâmpada nem da luz do sol, porque o Senhor Deus o iluminará’” (cf. Ap 22, 5). (HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II NA SOLENIDADE DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR NO TEMPLO E FESTA  DE NOSSA SENHORA DA CANDELÁRIA 2 de Fevereiro de 1998)

Dia Mundial da Vida Consagrada

Em 1997, o mesmo papa, Instituiu o dia Mundial da Vida consagrada.

“No dia em que a Igreja faz memória da Apresentação de Jesus no templo, celebra-se o Dia da Vida Consagrada. Com efeito, o episódio evangélico ao qual nos referimos constitui um ícone significativo da doação da própria vida por parte de quantos foram chamados a representar na Igreja e no mundo, mediante os conselhos evangélicos, os traços característicos de Jesus, casto, pobre e obediente, o Consagrado do Pai. Portanto, na festividade deste dia nós celebramos o mistério da consagração: consagração de Cristo, consagração de Maria, consagração de todos aqueles que se põem na sequela de Jesus por amor do Reino de Deus.Adoração Perpétua na Basílica de Nossa Senhora do Rosário

“(…)o Dia da Vida Consagrada deseja ser, sobretudo para vós, queridos irmãos e irmãs que abraçastes esta condição na Igreja, uma preciosa ocasião para renovar os propósitos e reavivar os sentimentos que inspiraram e inspiram a doação de vós mesmos ao Senhor. É isto que queremos fazer hoje, este é o compromisso que sois chamados a realizar todos os dias da vossa vida”. (Homilia de  Bento XVI nas vésperas da Festa da Apresentação de Jesus no Templo por ocasião do XVI  dia Mundial da vida consagrada, 02 de Fevereiro de 2012)

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