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O astro divino

É de São Francisco de Sales esta afirmação: “Entre as práticas da religião, a Eucarístia é o Sol entre os astros”. Verdade evidente que salta aos olhos, e esses mesmos olhos que não conseguem fixar o sol, mas que podem pousar sem dificuldades na brancura acolhedora do Plano de Vida. 

 

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Todas as coisas criadas refletem algum aspecto do Criador, mas nunca conseguiram abraça-lo por inteiro. Nem a esplendorosa beleza de uma aurora boreal, nem a grandeza de um mar bravio, nem a força irresistível de um leão… nada poderá nos dizer com precisão o que é a essência divina, embora com algumas sugestões. Exemplifiquemos como o sol, aplicando suas qualidades a Eucaristia, veremos analogias e diferenças dignas de nota:

 

1. O sol é um monarca absoluto que está no centro do nosso sistema planetário, fazendo com que tudo gire em torno de si. Igual a Jesus na Eucaristia, que é a fonte, o centro e o cume de toda a vida cristã;

2. O sol gera luz, calor e vida. O que seria da Terra sem estes atributos? De igual maneira, o que seria da Igreja sem a presença real? Seria tão frio quanto o clima do Polo Norte e a escuridão que provoca desvios, caidas e morte;

3. O magnetismo do sol potencializa a vida e o movimento das coisas. Também a Eucaristia que vivifica as almas e as comunidades. Santo Inácio de Antioquía a chamava de “Remédio da Imortalidade”;

4. Apesar de estar a 150 milhões de quilômetros da Terra, o sol é a estrela que mais está perto de nós. Como Cristo, infinitamente superior e distante de nós e também tão próximo e tão intímo, já que se fez carne e pão;

5. O sol é a única estrela que se pode ver a olho nú. Também Jesus Eucarístico que, sendo um Deus imaterial e invisível, se deixou ver na encarnação e insinua os nossos sentidos sob as sagradas espécies;

6. A visibilidade do sol determina o dia e a noite e os eclípses que podem ser total, anual ou parcial. Assim se passa também com as pessoas: se iluminam ou se ofuscam em função da proximidade do sol eucaristico;

7. Dizem os estudiosos que o sol se formou há cinco milhões de anos e que tem combustível para durar outros tantos. Esta apreciação nos aproxima da ideia da eternidade de Deus e de sua permanência na Igreja mediante a Eucaristia;

8. Todos os elementos químicos terrestres foram identificados na constituição do astro rei que, por sua vez, contém mais de 99% de toda a matéria do sistema solar. É o que nos dizem os cientistas. Por sua vez, a teologia nos ensina que Cristo é o centro e síntese do Cosmos e que por Ele, tudo foi feito. A Eucaristia o contém em toda forma de ser;

9. O sol absorve matéria perpetuamente e atrae e funde asteróides e cometas como a Eucaristia que faz com que muitas pessoas se unam a Ele em todos os momentos. Ao dar-se em alimento, nos assume como o sol aos cometas;

10. A energia que geramos é luz solar acumulada. Do mesmo modo, as obras meritórias que fazemos são simplesmente, o resultado do dom de Deus que se comunica a nós, especialmente pela Eucaristia. O mistério eucaristico faz as pessoas serem fecundas em seu trabalho como cristãos, como o sol é capaz de se mover com sua energia, inumeráveis sistemas de produção;

11. Olhar para o sol diretamente provoca cegueira, da mesma maneira que ver a aparição de Deus nos levaria à morte. Mas neste momento, com a Eucaristia, é diferente, porque olhar para o Santíssimo Sacramento, em sua misteriosa e fecunda realidade vivifca.

12. O sol está perpetuamente abastecido por uma fusão nuclear de átomos que se repelem entre si. Analogicamente, a vida divina das Pessoas da Santíssima Trindade constituem uma unidade mais íntima da que os batizados participam, sobretudo no momento da comunhão sacramental;

13. Aparentemente no perímetro do sol entrariam 1 milhão de Terras. No sacramento do amor cabem todos que recorrem a Ele. O número milhão é figura da humanidade inteira que foi comparada ao Sangue de Cristo oferecido no Cenáculo e derramado no Calvário; 

14. A energia que o sol produz em um segundo seria maior do que foi utilizada por toda a civilização humana através dos tempos. Não é esta a imagem da onipotência de Deus que se manifesta em sua providência e especialmente na Eucaristia que se faz realidade aquilo que “não sou eu quem vivo, é o Cristo que vive em mim”?;

 

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15. Os efeitos da temperatura e da alta pressão do sol, bem como sua carga elétrica e sua energia indutiva, são uma pálida imagem da essência e o poder divinos, do que se faz Cristo a partir do altar, o sacrário e a custódia, literalmente tudo;

 

16. De vez em quando acontecem tempestadas solares sobre a superfície do sol que afetam as comunicações e toda a vida da sociedade. Um pouco como o Coração Eucarístico de Jesus, cuja existência guiam e orientam os destinos do mundo;

17. Para evitar os efeitos excessivos dos raios solares na pele fraca, utilizamos bloqueadores solar. Para disponibilizar a nossa alma para receber o Sol da Justiça, nada melhor do que uma boa confissão. Porém não são apenas os nossos pecados que impedem a plena identificação com Cristo, é também a nossa insuficiência. O homem sábio diz: “como o mel é prejudicial a quem o come demais, aquele que começa a controlar sua majestade será oprimido por sua glória;

18. O mar, a areira, a neve e outros materiais da terra acolhem os efeitos do sol e por sua vez o projetam. De maneira semelhante, o mistério eucaristico permeia tudo na vida da Igreja para iluminar e conduzir os fiéis a Cristo ressuscitado, presente na Hóstia;

19. O sol tem qualidades terapêuticas. Os médicos dizem que as pessoas deprimidas ficam melhores no sol porque a sua luz estimula a produção de melatonina, o hormônio do humor… e o “pão do céu” contém em si, todo o deleite, como diz a invocação. A eucaristia é o melhor estimulante. O homem de bom humor é tão insignificante ao lado da alegria sobrenatural!;

20. O sol tem seus segredos; muito se sabe sobre ele, mas muito mais se desconhece. Assim se sucede com o mistério que celebramos e adoramos.

Padre Rafael Ibarguren – EP 

Assistente Eclesiástico das Obras Eucarísticas da Igreja

Madri, 1 de março de 2012

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Arautos realizam as “Quarenta Horas”

9 a 11 de março de 2012

Os Arautos do Evangelho realizaram a Adoração das Quarenta Horas em sua sede na cidade de Recife.

 

Missa e bênção do Santíssimo no final das Quarenta Horas.

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A Adoração das 40 horas – história

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Na Idade Média (pelo menos desde o século X), difundiu-se em muitos lugares a devoção ao Santo Sepulcro do Salvador. Mantinha-se este erigido desde a Adoração da Cruz, na Sexta-Feira Santa, até a Missa de Ressurreição do Domingo de Páscoa. Durante este tempo (cerca de 40 horas) os fiéis oravam diante dele, recitando ou cantando salmos e outras preces, em memória e reconhecimento da morte e sepultura do Senhor, que também esteve no Sepulcro cerca de 40 horas, segundo fundada opinião.

Ao princípio, punha-se no sepulcro o símbolo de Jesus Cristo: a Cruz. No século XII, depositava-se nele o Crucifixo ou a imagem de Cristo. Mais tarde, no século XIV, colocou-se em relicário, incrustado no flanco desta imagem, o mesmo Corpo sacramentado de Jesus (com o qual a função adquiria um caráter de viva realidade, que excitava extraordinariamente a devoção dos fiéis). Por último, colocou-se no Sepulcro ─ digamos Tabernáculo ─ unicamente Jesus Sacramentado.

Entretanto, esta devoção não seguiu em todas as partes o mesmo processo. Já no século X o santo Bispo Ulrico, de Augsburgo, depositava no Sepulcro somente o Santíssimo Sacramento. E no século XII os habitantes de Zara, metrópole da Dalmácia, também velavam Jesus Sacramentado, encerrado no Sepulcro, desde o entardecer de Quinta-Feira Santa até o meio-dia do Sábado Santo, por antecipar-se para este dia a Missa de Ressurreição, como se faz hoje.

Bastava que esta função ─ chamada já no século XIII Oratio XL Horarum in Passione Domini
─ se transferisse para outros dias do ano, para que dela resultasse a atual função das 40 Horas. O traslado fez-se no século XVI.

Em 1527, Antonio Belloto fundou na Igreja do Santo Sepulcro de Milão uma confraria, cujo objetivo precípuo era orar durante quarenta horas diante do Santíssimo posto no sepulcro, nas quatro principais festividades do ano, em memória da morte e sepultura de Jesus, com o fim de impetrar remédio para as grandes calamidades que então afligiam a Cristandade.

Dois anos mais tarde, o Pe. Tomás Nietto, OP, começou a propagar em todas as igrejas paroquiais de Milão essa devoção, divulgada em seguida por Santo Antonio Maria Zaccaria, com fruto ainda mais abundante, tanto em Milão como em Vicenza, pelos anos 1530 a 1534; com a particularidade de que este principiou a celebrar as 40 Horas com o Santíssimo Sacramento visivelmente exposto, como se fazia desde o século XIV em muitos lugares, em outras funções de Exposição.

Vale esclarecer que, quando foi introduzida a procissão de Corpus Christi, na segunda metade do século XIII, o Santíssimo era levado num vaso ou cálice cerrado e coberto por um véu. As custódias oumonstratoria, que através de um cristal deixavam ver o Santíssimo Sacramento, parece que começaram a ser usadas no século XIV, e somente em alguns lugares. Nos tempos de São Carlos Borromeo (1538-1584), observava-se em Milão um vestígio dessa disciplina antiga, pois, se bem que exposto o Santíssimo dentro de um vaso cilíndrico de cristal rematado em pirâmide, através do qual se podia ver a Sagrada Hóstia, tal vaso se cobria com um largo véu, por reverência à Sua Divina Majestade.

A Exposição do Santíssimo ─ visível ou velado no cálice ─ para sua adoração pelos fiéis é uma das principais manifestações do desenvolvimento do culto direto a Jesus na Sagrada Eucaristia, que teve lugar, sobretudo a partir do século XIII, influindo não pouco sobre essa iniciativa o combate às heresias contra a presença real de Jesus Cristo no Sacramento, que apareceram a partir do século XI até o século XVI. Tais heresias, avivando a crença do povo cristão na divina Eucaristia, fizeram sentir a necessidade de render a Nosso Senhor a homenagem que reclamam Sua divindade e Sua bondade no Santíssimo Sacramento.

Claro que contribuíram para estender mais e mais as Exposições, públicas ou privadas, a Festa de Corpus Christi e o exercício das 40 Horas. Estas manifestações foram o termo feliz da evolução da devoção ao Santo Sepulcro de Nosso Senhor Jesus Cristo. Deus reservava aos tempos modernos esse foco de piedade da Exposição da Sagrada Eucaristia, que sua Providência nos depara com a habitual suavidade de seus traços divinos.

Por fim, o famoso pregador Pe. José de Fermo promoveu, nos anos 1537 e 1538, a instituição da Adoração Perpétua nas igrejas de Milão, pela qual nestas se sucedia, sem interrupção, a celebração das 40 Horas.

Santo Inácio de Loyola, com os seus, levou esta devoção a Roma. Foram também os jesuítas que a introduziram na Alemanha.

Paulo V a aprovou por primeira vez em 1539, e Clemente XI ordenou definitivamente seu rito, estabelecendo-a em Roma, em turno de Adoração Perpétua, mediante a famosa Instrução Clementina, publicada em 1705.

Da capital do orbe católico, estenderam-se as 40 Horas por todo o mundo.
(Pe. José Vendrell, Pe. Antonino Tenas, Pe. Pedro Farnés, Pe. Joaquín Solans, “Manual Litúrgico” – Subirana, Barcelona, 1955, 2º vol., pp. 351-352, 189-390)

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Semana Eucarística na Paróquia Santo Antônio

15 de setembro 2011

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          A Paróquia Santo Antônio no bairro de Água Fria, Recife, está realizando de 11 à 18 de setembro, a 3ª Semana Eucarística Paroquial.

          O tema escolhido: “Eucaristia: Dom de Deus para a vida do mundo”, tem o objetivo de “fazer com que as pessoas reflitam sobre a Eucaristia e valorizem cada vez mais este que é o principal sacramento celebrado pelos católicos”, afirmou o pároco, Pe. Adriano Araújo da Fonseca.

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         Em um dos dias do evento, na memória litúrgica de Nossa Senhora das Dores, os Arautos do Evangelho ajudaram na animação e no cerimonial litúrgico da Celebração Eucarística.

        A homilia foi realizada pelo Diác. Célio Luís Casale, EP, o qual destacou o exemplo de Maria Santíssima para todos os que passam por sofrimentos e provações.

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        No final da Missa foi dada a Bênção do Santíssimo Sacramento.

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