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Domingo Laetare

 

“Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações” (Intróito do IV Domingo da Quaresma)

   Schuster diz que a liturgia consagrou este domingo à celebração das glórias da bandeira triunfante da redenção, a Santa Cruz. Por este motivo o Papa celebrava neste dia na Basílica da Santa Cruz de Jerusalém, também conhecida como “Sancta Ierusalém”. E Pio Parsch nos faz perceber a semelhança entre este e o segundo Domingo da Quaresma quando recordamos a Transfiguração do Senhor. Ambos nos dão forças e estímulo durante o jejum e a severidade quaresmal.

Domingo Laetare

   Assim é chamado o domingo da quarta semana da quaresma. Seu nome vem da primeira palavra do introito deste dia, assim como o terceiro domingo do Advento (Gaudete). Esta alegria é expressa em toda liturgia. Os paramentos são róseos, flores no altar o som do órgão, etc.

Um descanso em meio ao jejum

   É lei humana procurar um breve descanso quando o período de trabalho é prolongado. Por isso, a Igreja, em meio ao rigor da quaresma, concede um dia de repouso. E esta data é especialmente solene e se reveste de inusitada alegria para que fortalecendo os fiéis, lhe comunique novas forças.

O Domingo da Rosa

  O Domingo Laetare é conhecido como o domingo róseo (devido a cor dos paramentos, do mesmo modo que o domingo Gaudete). Mas também é chamado de o “Domingo da Rosa”.

   Desde os tempos do Papa Leão IX (1049-1054), era costume o Papa abençoar uma rosa de ouro, leva-la em procissão até a Igreja da Santa Cruz de Jerusalém e entrega-la de presente, após a missa,  ao prefeito de Roma. Com o passar do tempo este presente passou a ser enviado a pessoas ilustre a quem se queria honrar sua piedade e amor à Igreja, como, por exemplo, a princesa Isabel, filha de Dom Pedro II que a recebeu em 1888 do Papa Leão XIII.

   No dias de hoje os papas costumam presentar santuários de grande importância para a piedade popular, como a Basílica de Nossa Senhora Aparecida que recebeu uma rosa de Paulo VI, em 1967 e outra de Bento XVI, em 2007.

Por que Alegria?

   Para esta pergunta a resposta mais acertada é a de São Paulo aos Gálatas: “meus irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre, pela liberdade para a qual o Cristo nos resgatou.” Os catecúmenos que se preparam para receber o batismo na noite santa da vigília Pascal escutaria, sem dúvida, estas palavras do Apóstolo como um estímulo de preparação para a nova vida que se aproxima.

Convite

   O Domingo Laetare nos convida a tomarmos, como nos diz Schuster,  um “moderado refrigério”. Todavia, nos falta muito caminho a percorrer. Temos de seguir os passos de Cristo até o Sábado Santo, temos de subir o calvário com Ele e para isso continuemos nosso jejum, nossa oração e nossas boas obras.

 

Fontes consultadas:
ORIA, Mons. Angel Herrera, VERBUM VITAE – La Palabra de Cristo, Vol III, BAC, Madrid, 1954

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O que é o Domingo Laetare?

Mons. João Clá Dias usando paramentos róseos

A Quaresma é um tempo penitencial, de oração, jejum e esmola, onde a cor litúrgica é o roxo. Todavia, temos, no decorrer deste tempo, um momento de júbilo, onde a cor litúrgica passa do roxo para o rosa. É o chamado “Domingo Laetare”, ou “Domingo da Alegria”, que ocorrerá neste próximo domingo (10/03). Mas, você sabe o porquê?

O IV Domingo da Quaresma recebe estes nomes porque assim começa, neste dia, a Antífona de Entrada da Eucaristia: Laetare, Ierusalem, et conventum facite omnes qui diligites eam; gaudete cum laetitia, qui in tristitia fuistis; ut exsultetis, et satiemini ab uberibus consolationis vestrae” (“Alegra-te Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações”), conforme Isaías 66, 10-11.

A cor litúrgica passa do roxo para o rosa para representar a alegria pela proximidade da Páscoa.

Este domingo já foi chamado também de “Domingo das Rosas”, pois, na antiguidade, os cristãos costumavam se presentear com rosas. E é aqui que surge a “Rosa de Ouro”.

No século X surgiu, então, a tradição da “Bênção da Rosa”, ocasião em que o Santo Padre, no IV Domingo da Quaresma, ia do Palácio de Latrão à Basílica Estacional de Santa Cruz de Jerusalém, levando na mão esquerda uma rosa de ouro que significava a alegria pela proximidade da Páscoa. Com a mão direita, o Papa abençoava a multidão. Regressando processionalmente a cavalo, o Papa tinha sua montaria conduzida pelo prefeito de Roma. Ao chegar, presenteava o prefeito com a rosa, em reconhecimento pelos seus atos de respeito e homenagem.

Daí, então, teve início o costume de oferecer a “Rosa de Ouro”, para personalidades e autoridades que mantinham uma relação saudável com a Santa Sé, como príncipes, imperadores, reis…

Leão XIII enviou, em 1888, uma Rosa Áurea à princesa Isabel. Nos tempos modernos os papas costumam remeter este símbolo de afeto pessoal a santuários de destaque. Por exemplo, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, recebeu uma Rosa de Ouro de Paulo VI, em 1965, e a Basílica de Nossa Senhora Aparecida recebeu uma de Paulo VI, em 1967 e outra de Bento XVI, em 2007.

 

(texto resumido de http://sacrificiovivoesanto.wordpress.com/2012/03/16/voce-sabe-o-que-e-o-domingo-laetare-e-a-rosa-de-ouro/ e http://arouck.wordpress.com/2009/03/22/laetare/)

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