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Missa de Cinzas

23 de fevereiro de 2020

“Lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar”. Convidamos a todos para a Solene Celebração Eucarística com imposição das Cinzas, no dia 26 de fevereiro às 19h30.⠀
Endereço: Estrada Real do Poço, 191 – Poço da Panela/Recife.⠀

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Jejum e abstinência durante a quaresma

06 de março de 2019

A quaresma é o tempo litúrgico que nos prepara para o maior acontecimento da história, acontecimento este sem o qual “nossa fé seria vã”: a ressurreição de Cristo. Nesse tempo, através da riqueza dos símbolos e dos textos litúrgicos, somos chamados de forma particular à verdadeira conversão.

Este período se inicia na Quarta-feira de cinzas, dia em que o sacerdote deposita as cinzas em nossa cabeça para recordar nossa condição de pecadores, pronunciando a fórmula: “Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris – Lembra-te,  homem, de que és pó e ao pó hás de voltar”. A partir desse momento somos convidados a mergulhar em um tempo de reflexão, oração e penitência, de apelo à misericórdia divina, como nos ensina o salmista: “Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade” (Sl 50, 3). 

Por isso a quaresma é favorável à prática da penitência através do jejum e da abstinência [1]. Práticas estas que são distintas entre si: “O jejum consiste na privação de alimentos” e “a abstinência consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre, abstendo-se de carne”. Para a prática do jejum, o aconselhado é fazer apenas uma refeição ao dia e, se necessário, mais duas simples em proporções menores que o habitual.

 

Para melhor cumprir o preceito penitencial, aconselha-se observar outras práticas que podem ser vividas nesse período como a oração e a esmola,  “pois o jejum, a oração e a esmola completam-se mutuamente, em ordem à caridade” [2]. Segundo o Código de Direito Canônico, no que se refere a oração, “poderão cumprir o preceito penitencial através de exercícios de piedade mais generosos, tais como: o exercício da via sacra; a recitação do Rosário; a recitação de Laudes e de Vésperas do ofício das horas; a participação na Santa Eucaristia; uma leitura prolongada da Sagrada Escritura”. No que diz respeito à esmola, “poderão cumprir o preceito penitencial através da partilha de bens materiais. Essa partilha deve ser proporcional às posses de cada um e deve significar uma verdadeira renúncia a algo do que se tem”.

Todos esses atos nos preparam mais dignamente para receber o Sacramento da Reconciliação, por onde nossos pecados serão lavados e teremos direito à árvore da vida e a entrar na Jerusalém Celeste (Cf. Ap. 22, 14). Não hesitemos em reencontrar a amizade de Deus perdida com o pecado, pois é no encontro com o Senhor que experimentamos a alegria do seu perdão. Neste início de Quaresma, procuremos, mais ainda do que a mortificação corporal, aceitar o convite que a Liturgia sabiamente nos faz, combatendo o amor próprio com todas as nossas forças.

Referências:
[1] Cf. CIC, Cân. 1249-1253.
[2] Idem.

Outros materiais consultados:
Quarta-feira de Cinzas
Entenda: Porque jejuar nas sextas-feiras da Quaresma?

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Missa Quarta-feira de Cinzas

5 de março de 2019

 “Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris – Lembra-te,  homem, de que és pó e ao pó hás de voltar”

Convidamos a todos a participarem da Missa de Quarta-feira de Cinzas, no dia 06 de março de 2019 às 19h.

Haverá atendimento de confissão a partir das 18h (não haverá atendimento após a Missa).

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Domingo Laetare

 

“Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações” (Intróito do IV Domingo da Quaresma)

   Schuster diz que a liturgia consagrou este domingo à celebração das glórias da bandeira triunfante da redenção, a Santa Cruz. Por este motivo o Papa celebrava neste dia na Basílica da Santa Cruz de Jerusalém, também conhecida como “Sancta Ierusalém”. E Pio Parsch nos faz perceber a semelhança entre este e o segundo Domingo da Quaresma quando recordamos a Transfiguração do Senhor. Ambos nos dão forças e estímulo durante o jejum e a severidade quaresmal.

Domingo Laetare

   Assim é chamado o domingo da quarta semana da quaresma. Seu nome vem da primeira palavra do introito deste dia, assim como o terceiro domingo do Advento (Gaudete). Esta alegria é expressa em toda liturgia. Os paramentos são róseos, flores no altar o som do órgão, etc.

Um descanso em meio ao jejum

   É lei humana procurar um breve descanso quando o período de trabalho é prolongado. Por isso, a Igreja, em meio ao rigor da quaresma, concede um dia de repouso. E esta data é especialmente solene e se reveste de inusitada alegria para que fortalecendo os fiéis, lhe comunique novas forças.

O Domingo da Rosa

  O Domingo Laetare é conhecido como o domingo róseo (devido a cor dos paramentos, do mesmo modo que o domingo Gaudete). Mas também é chamado de o “Domingo da Rosa”.

   Desde os tempos do Papa Leão IX (1049-1054), era costume o Papa abençoar uma rosa de ouro, leva-la em procissão até a Igreja da Santa Cruz de Jerusalém e entrega-la de presente, após a missa,  ao prefeito de Roma. Com o passar do tempo este presente passou a ser enviado a pessoas ilustre a quem se queria honrar sua piedade e amor à Igreja, como, por exemplo, a princesa Isabel, filha de Dom Pedro II que a recebeu em 1888 do Papa Leão XIII.

   No dias de hoje os papas costumam presentar santuários de grande importância para a piedade popular, como a Basílica de Nossa Senhora Aparecida que recebeu uma rosa de Paulo VI, em 1967 e outra de Bento XVI, em 2007.

Por que Alegria?

   Para esta pergunta a resposta mais acertada é a de São Paulo aos Gálatas: “meus irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre, pela liberdade para a qual o Cristo nos resgatou.” Os catecúmenos que se preparam para receber o batismo na noite santa da vigília Pascal escutaria, sem dúvida, estas palavras do Apóstolo como um estímulo de preparação para a nova vida que se aproxima.

Convite

   O Domingo Laetare nos convida a tomarmos, como nos diz Schuster,  um “moderado refrigério”. Todavia, nos falta muito caminho a percorrer. Temos de seguir os passos de Cristo até o Sábado Santo, temos de subir o calvário com Ele e para isso continuemos nosso jejum, nossa oração e nossas boas obras.

 

Fontes consultadas:
ORIA, Mons. Angel Herrera, VERBUM VITAE – La Palabra de Cristo, Vol III, BAC, Madrid, 1954
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