Cidade do Vaticano (Terça-feira, 29-06-2010, GaudiumPress)
“Deus está perto de seus servos fiéis e os liberta de todo mal e liberta a Igreja das forças negativas”. Assim iniciou o Papa Bento XVI a homilia da Missa da solenidade dos santos apóstolos de São Pedro e São Paulo, que aconteceu na manhã desta terça-feira na Basílica de São Pedro.
Durante a cerimônia, Bento XVI conferiu o pálio sagrado a 38 novos arcebispos metropolitanos de todo o mundo, entre eles dois brasileiros: Dom Antônio Fernando Saburino – OSB, de Recife e Olinda (PE), e Dom Alberto Taveira Correia, de Belém (PA).
O rito da imposição do pálio é também um sinal da liberdade que a Igreja oferece, afirma o Papa. “A comunhão com Pedro e seus sucessores é, na verdade, a garantia de liberdade para os Pastores da Igreja e as próprias comunidades que lhes são atribuídas”, disse Bento XVI, explicando que “a união com a Sé Apostólica garante às igrejas particulares e às conferências episcopais a liberdade em nível local, nacional ou internacional”, assim como “as garantias de liberdade no sentido de plena adesão à verdade e a tradição da fé”.
Um dos momentos marcantes da celebração eucarística foi o rito da benção e imposição do pálio aos arcebispos. O rito começou com o juramento de fidelidade e obediência ao Sumo Pontífice e à Igreja Católica. Antes de impor o pálio, o Papa o apresenta ao arcebispo. “Este pálio é para você um símbolo de unidade e um sinal de comunhão com a Sé Apostólica, vínculo de amor e incentivo de coragem”.
Os pálios são mantidos perto do túmulo de São Pedro, que se encontra sob a Confissão na Basílica Vaticana construída em seu nome. No Vaticano esta solenidade é celebrada como feriado, enquanto em Roma é dia livre. Nesta ocasião, vários grupos de fiéis acompanham os arcebispos.
O Pálio
O Pálio é um símbolo de autoridade de um Arcebispo e manifesta uma particular união com o Sumo Pontífice. Os Arcebispos levam este manto branco de lã sobre os ombros em representação do Bom Pastor que leva nos ombros o cordeiro até dar a vida, como o recordam as seis cruzes negras bordadas no Pálio.
A lã da qual são feitos os pálios procede de cordeiros criados por monges trapistas da comunidade das Três Fontes (nos arredores de Roma). Após a bênção do Papa no dia de Santa Inês (21 de janeiro), os cordeiros são criados pelas religiosas beneditinas da comunidade romana de Santa Cecília. Na Terça-feira Santa, os cordeiros são tosquiados e a lã, preparada pelas religiosas, é utilizada para a confecção do Pálio.
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