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Detém-te! O Coração de Jesus está comigo!

06 de Junho de 2013

           Ao se aproximar a festa do Sagrado Coração de Jesus, os Arautos do Evangelho decidiram divulgar um pouco mais sobre esta devoção. Aqui temos o exemplo de uma aparentemente desconhecida por muitos, entretanto se tornou célebre por seus inúmeros milagres: o Detente.

          Entre as diversas representações do Sagrado Coração de Jesus, uma se destaca pela milagrosa circunstância em que se tornou célebre aos olhos do mundo católico. Trata-se do “Detente!”, um recorte de pano onde se pinta ou borda a figura do Coração divino revelada a Santa Margarida-Maria, emoldurado pela frase: “Detém-te! O Coração de Jesus está comigo!”

          A origem desse objeto piedoso se prende a um caso de proteção sobrenatural com que se viu favorecido um jovem romano, o qual se alistou como zuavo pontifício para defender o Papado nas guerras da unificação italiana do séc. XIX. Antes de partir, sua mãe lhe pendurou ao pescoço um pedaço de pano em que ela havia bordado o Coração de Jesus com a cruz, a coroa de espinhos e as chamas, assim como fora visto em êxtase pela vidente de Paray-le-Monial, Santa Margarida Maria Alacoque.

          Armado com esse singular escudo que lhe forjara a solicitude materna, o jovem combatente lançou-se com denodo e coragem em renhidas e sangrentas batalhas. Durante um desses confrontos, quando as balas adversárias faziam grande estrago nas fileiras pontifícias, uma delas atingiu em cheio o peito do heroico rapaz, ficando milagrosamente cravada na estampa do Coração de Jesus que lhe pendia do pescoço.

         Ao tomar conhecimento desse fato, o Papa Pio IX concedeu uma bênção especial a todos os escapulários elaborados segundo o modelo feito por aquela carinhosa mãe cristã.

(“Sagrado Coração de Jesus, Tesouro de Bondade e Amor”, Mons. João Clá Dias, EP)

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Louva, Sião, o Salvador

Custódia com o Santíssimo Sacramento                                                                                            Mons. João Clá Dias, EP

Como nasceu a comemoração de “Corpus Christi”

A festa litúrgica em louvor ao Santíssimo Sacramento foi instituída em 1264 por Urbano IV. Ela deveria marcar os tempos futuros da Igreja, tendo como finalidade cantar a Jesus Eucarístico, agradecendo-Lhe solenemente pro ter querido ficar conosco até o fim dos séculos sob as espécies de pão e vinho. Nada mais adequado do que a Igreja comemorar esse dom incomparável.

Logo nos primeiros séculos, a Quinta-feira Santa tinha o caráter eucarístico, segundo mostram documentos que chegaram até nós. A Eucaristia era o centro e coração da vida sobrenatural da Igreja. Todavia, fora da Missa não se prestava culto público a esse sacramento. O pão consagrado costumava ficar guardado numa espécie de sacristia, e mais tarde lhe foi reservado um nicho num ângulo obscuro do templo, onde se punha um cibório em forma de pomba, suspenso sobre o altar, sempre tendo em vista a eventual necessidade de atender a algum enfermo.

Mas durante a Idade Média, os fiéis foram sendo cada vez mais atraídos pela sagrada humanidade do Salvador. A espiritualidade passou a considerar de modo especial os episódios da Paixão. Criou-se por isso um clima propício para que se desenvolvesse a devoção à Sagrada Eucaristia. O último impulso veio das visões de Santa Juliana de Monte Cornillon, uma freira agostiniana belga, a quem Jesus pediu a instituição de uma festa anual para agradecer o sacramento da Eucaristia. A religiosa transmitiu esse pedido ao arcediago de Liége, o qual, sendo eleito Papa 31 anos depois, adotou o nome de Urbano IV.

Pouco depois esse Pontífice instituía a festa de Corpus Christi, que acabou por se tornar um dos pontos culminantes do ano litúrgico em toda a Cristandade.

 

O “Lauda Sion”

A seqüência da Missa de Corpus Christi é constituída por um belíssimo hino gregoriano, intitulado Lauda Sion. Belíssimo por sua variada e suave melodia, e muito mais pela letra, ele canta a excelsitude do dom de Deus para conosco e a presença real de Jesus, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, no pão e no vinho consagrado.

A própria origem desse cântico é envolta no maravilhoso tipicamente medieval.

Urbano IV encontrava-se em Orvieto, quando decidiu estabelecer a comemoração de Corpus Christi. Estavam coincidentemente naquela cidade dois dos mais renomados teólogos de todos os tempos, São Boaventura e São Tomás de Aquino. O Papa os convocou, assim como a outros teólogos, encomendando-lhes um hino para a seqüência da Missa dessa festa.

Conta-se que, terminada tarefa, apresentaram-se todos diante do Papa e cada um devia ter sua composição.

O primeiro a fazê-lo foi São Tomás de Aquino, que apresentou então os versos do Lauda Sion.

São Boaventura, ato contínuo àquela leitura, queimou seu próprio pergaminho, não sem causar espanto em São Tomás que perguntou “por que”? O santo franciscano, com toda a humildade, explicou-lhe que sua consciência não o deixaria em paz se ele causasse qualquer empecilho, por mínimo que fosse, à rápida difusão de tão magnífica Seqüência escrita pelo dominicano.

 

Síntese teológica, em forma de poesia

Aquilo que São Tomás ensinou em seus tratados de Teologia a respeito da Sagrada Eucaristia, ele o expôs magistralmente em forma de poesia no Lauda Sion.

Trata-se de verdadeira pela de literatura, que brilha pela profundidade do conteúdo e pela beleza da forma, elevação da doutrina, acurada precisão teológica e intensidade do sentimento. O ritmo flui de modo suave, até mesmo nas estrofes mais didáticas. A melodia – cujo autor é desconhecido – combina belamente com o texto. A unção é inesgotável.

São Tomás se revela como filósofo e místico, como teólogo da mente e do coração, realizando sua própria exortação: “Seja o louvor pleno, retumbante, alegre e cheio do brilhante júbilo da alma“.

 

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LAUDA SION

 

São Tomás de Aquino

1. Louva Sião, o Salvador, louva o guia e pastor com hinos e cânticos.

2. Tanto quanto possas, ouses tu louvá-lo, porque está acima de todo o louvor e nunca o louvarás condignamente.

3. É-nos hoje proposto um tema especial de louvor: o pão vivo que dá a vida.

4. É Ele que na mesa da sagrada ceia foi distribuído aos doze, como na verdade o cremos.

5. Seja o louvor pleno, retumbante, que ele seja alegre e cheio de brilhante júbilo da alma.

6. Porque celebramos o dia solene que nos recorda a instituição deste banquete.

7. Na mesa do novo Rei, a páscoa da nova lei põe fim à páscoa antiga.

8. O rito novo rejeita o velho, a realidade dissipa as sombras como o dia dissipa a noite.

9. O que o Senhor fez na Ceia, nos mandou fazê-lo em memória sua.

10. E nós, instruídos por suas ordens sagradas, consagramos o pão e o vinho em hóstia de salvação.

11. É dogma de fé para os cristãos que o pão se converte na carne e o vinho no sangue do Salvador.

12. O que não compreende nem vês, uma Fé vigorosa te assegura, elevando-te acima da ordem natural.

13. Debaixo de espécies diferentes, aparências e não realidades, ocultam-se realidades sublimes.

14. A carne é alimento e o sangue é bebida; todavia debaixo de cada uma das espécies Cristo está totalmente.

15. E quem o recebe não o parte nem divide, mas recebe-o todo inteiro.

16. Quer o recebam mil, quer um só, todos recebem o mesmo, nem recebendo-o podem consumi-lo.

17. Recebem-no os bons e os maus igualmente, todos recebem o mesmo, porém com efeitos diversos: os bons para a vida e os maus para a morte.

18. Morte para os maus e vida para os bons: vede como são diferentes os efeitos que produz o mesmo alimento.

19. Quando a hóstia é dividida não vaciles, mas recorda que o Senhor encontra-se todo debaixo do fragmento, quanto na hóstia inteira.

20. Nenhuma divisão pode violar as substâncias: apenas os sinais do pão, que vês com os olhos da carne, foram divididos! Nem o estado, nem as dimensões do Corpo de Cristo são alteradas.

21. Eis o pão dos Anjos que se torna alimento dos peregrinos: verdadeiramente é o pão dos filhos de Deus que não deve ser lançado aos cães.

22. As figuras o simbolizam: é Isaac que se imola, o cordeiro que se destina à Páscoa, o maná dado a nossos pais.

23. Bom Pastor, pão verdadeiro, de nós tende piedade. Sustentai-nos, defendei-nos, fazei-nos na terra dos vivos contemplar o Bem supremo.

24. Ó Vós que tudo o sabeis e tudo o podeis, que nos alimentais nesta vida mortal, admiti-nos no Céu, à vossa mesa e fazei-nos co-herdeiros na companhia dos que habitam a cidade santa.

Amém. Aleluia.

(Revista Arautos do Evangelho, Junho/2002, n. 06, p. 6 à 10)

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Lançamento: O inédito sobre os Evangelhos

 LANÇAMENTO

O inédito sobre os Evangelhos

Foi lançada no Brasil a coleção “O inédito sobre os Evangelhos”, a qual oferece ao leitor um verdadeiro tesouro: os comentários de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP aos Evangelhos de todos os domingos e solenidades do ciclo litúrgico.

Os primeiros volumes da coleção “O inédito sobre os Evangelhos”, foram editados conjuntamente pelos Arautos do Evangelho e a Libreria Editrice Vaticana em quatro línguas: português, espanhol, italiano e inglês, com prefácio do Cardeal Franc Rodé, Prefeito Emérito da Congregação para os institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

Na obra foram editados em dois volumes os comentários aos Evangelhos dos domingos correspondentes ao Ano C do ciclo litúrgico, boa parte deles não publicados até agora. O “Ano C” será percorrido pela Igreja a partir do próximo Advento, que terá início em dezembro. O volume V contém comentários correspondentes aos domingos dos tempos do Advento, Natal, Quaresma e Páscoa, além de um apêndice sobre os Evangelhos das Solenidades do Senhor no Tempo Ordinário, enquanto que o volume VI percorre os 33 domingos do Tempo Ordinário.

Segundo o Cardeal Franc Rodé, o livro de Mons. Scognamiglio representa um apoio do autor ao Ano da Fé. “Nesses comentários encontramos tesouros velhos e novos do “intellectus fidei”, para oferecer ao povo de Deus o pão da boa doutrina proveniente da Palavra de Deus, uma grande riqueza teológica de uma doutrina sólida e segura, doutrina tradicional que chega até o Concílio Vaticano II.”

Onde comprar:

Em Recife: Sede dos Arautos do Evangelho

Estr. Real do Poço, 191 – Casa Forte

(81) 3267-5332

Promoção de Lançamento: Volumes V e VI por R$ 59,45* Clique e faça o seu pedido!

* mais despesas de envio

 

 

“Encontramos caracterizada com frequência nestas páginas a solução aos problemas espirituais do homem do século XXI”. (Cardeal Franc Rodé, CM)

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Primeira Missa Pe. Célio Casale, EP

20 de março de 2012

O Pe. CélioLuís Casale presidiu sua primeira Missa na Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Seminário dos Arautos, em Caieiras – SP.

Numerosos sacerdotes concelebraram a Santa Missa

Membros dos Arautos das várias comunidades por onde passou o néo-sacerdote fizeram-se presentes, bem como Cooperadores e amigos dos Arautos do Evangelho.

No final da celebração, Pe. Célio Casale agradeu a todos que contribuíram com sua vocação, bem como seus formadores, de modo especial Mons. João Clá Dias, Fundador e Presidente Geral dos Arautos do Evangelho.

Membros dos Arautos do Evangelho de Pernambuco, cooperadores e amigos do néo-presbítero.

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