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Encerramento da Missão Mariana em Garanhuns

10 de Janeiro de 2014

Após estes dias de intensa atividade missionária, dois sentimentos aparentemente contraditórios se fazem sentir: tristeza e alegria. A tristeza se deve ao fato da missão ter acabado, no entanto é de imensa alegria ver os frutos que a missão produziu sob as bênçãos de Santa Terezinha do Menino Jesus, padroeira desta paróquia: ela que foi proclamada Padroeira das Missões por Pio XI em 1927; sem sair do Carmelo, através da oração e da mortificação pôde fazer muito pelos missionários.

Em sua biografia, a famosa “História de uma alma” assim se exprimia: “Espero, com a graça de Deus, ser útil a mais de dois missionários. Não posso deixar de rezar por todos, sem excetuar os simples sacerdotes, cuja missão é tão difícil de preencher, quanto a dos apóstolos que pregam aos que não conhecem a fé. Enfim, quero ser filha da Igreja. Eis o fim geral da minha vida”.

A missão concluiu com a Missa de encerramento presidida por sua excelência Dom Fernando José Monteiro Guimarães, bispo da Diocese de Garanhuns.

Assim ouvimos suas palavras: “Quando temos uma notícia boa no coração, nós procuramos contar para todo mundo, fazendo com que participem de nossa alegria. Foi isso que aconteceu nesta paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus; esse entusiasmo da fé, de nós podermos  bater de porta em porta e dizer: Jesus é a nossa vida, Jesus está conosco. O que os Arautos do Evangelho fizeram nas várias comunidades da paróquia nesta semana, indo nas casas, conversando, testemunhando, levando o próprio  Jesus por intermédio de Nossa Senhora. É isso que vocês devem dar continuidade, porque missionários todos nós devemos ser. Como o próprio Salvador nos ensina no Evangelho de São Mateus: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”.

Durante a celebração eucarística foram entregues 26 Oratórios de Nossa Senhora de Fátima, o que quer dizer que 780 famílias receberão a imagem todo mês. E ainda esperemos que esse número cresça cada vez mais.

Missas, confissões, orações, conversões. Para resumir em apenas uma palavra: missão. Foram estas as graças que coroaram a cidade de Garanhuns nesta semana. ­­­

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Festa do Batismo do Senhor

   A comemoração do Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo encerra com chave de ouro o Tempo do Natal. Grande festa para os católicos, porque é neste Batismo, como veremos, que está incluído o nosso e, portanto, o início da participação de cada um na vida sobrenatural, na vida de Deus. Adão fechou a seus descendentes as portas do Paraíso Celeste, mas Nosso Senhor Jesus Cristo, com a Encarnação, abriu-as outra vez.

Naquele tempo, Jesus veio da Galileia para o rio Jordão, a fim de Se encontrar com João e ser batizado por ele.

   Qual a intenção de Nosso Senhor Jesus Cristo ao escolher o rio Jordão para seu Batismo?

   Tratava-se de um rio emblemático na história de Israel. Quando os judeus saíram da escravidão do Egito e entraram na Terra Prometida, onde viveriam em liberdade, Josué abriu as águas do Jordão para que o povo eleito. o atravessasse. O Jordão representava a linha divisória entre a terra do tormento, e a terra onde corria leite e mel. Assim, o Batismo de Nosso Senhor abre aos chamados a pertencer à Igreja, a possibilidade de deixarem para trás a escravidão do pecado e de serem introduzidos no Reino de Deus.

Mas João protestou, dizendo: “Eu preciso ser batizado por Ti, e Tu vens a mim?”

   São João preparava os caminhos do Senhor na mais completa submissão a Ele. Quando ele O vê aproximar-Se a fim de receber o batismo de penitência de suas mãos, em seguida reconhece n’Ele o Messias.

   Era para sua chegada que o Precursor preparava as pessoas com o batismo, pelo que, sem hesitação alguma, O aponta aos outros: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Aquele era o Redentor, Aquele era Deus, pois existia antes dele (cf. Jo 1, 15), embora fosse seis meses mais velho.

   Nessas circunstâncias, criava-se nele um choque psicológico vocacional: como haveria ele de batizar quem não precisava de Batismo? São os paradoxos com que se depara, não raras vezes, quem é chamado a uma grande missão e se sente inferior a ela.

Jesus, porém, respondeu-lhe: “Por enquanto deixa como está, porque nós devemos cumprir toda a justiça!”

   Se bem que Nosso Senhor não negasse que São João deveria ser batizado por Ele, ainda que não houvesse pecado, deu a razão suprema pela qual desejou o Batismo.

   A divina Justiça exigia uma reparação por nossos pecados. Por isso, tendo Se encarnado, quis Ele, a Inocência, como primogênito do gênero humano, assumir sobre Si os crimes e misérias de toda a humanidade e entrar no Jordão a fim de submergi-los nas águas. Assim, tirava esse pesado fardo de nossas costas e destruía a “maldição que se fundava na transgressão da Lei”.

E João concordou.

   Expressa a suprema vontade do Divino Mestre, João concorda e, fiel à ordem recebida, obedece, ignorando todas as aparências. Não se preocupa com a desproporção entre a estreiteza e simplicidade do rio Jordão e a grandeza de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele só considera o que a fé lhe mostra: que ali está o Filho de Deus feito Homem

Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água. Então o Céu se abriu e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo pousar sobre Ele.

   O Céu se abriu, significando que o acesso à bem-aventurança, antes fechado à humanidade decaída em virtude do pecado de Adão, fora aberto pelo poder e pela Redenção de Cristo.

   Era apropriado, como afirma São Tomás, que o Céu se tivesse aberto quando o Filho de Deus recebeu o Batismo, para indicar “que o caminho do Céu está aberto para os batizados”.

   Também era conveniente que se visse o Espírito Santo, porque sendo a Redenção obra da Santíssima Trindade, devia tornar-se patente, em certo momento, que as três Pessoas Divinas estavam unidas para conceder o perdão dos pecados e franquear o Céu aos homens.

E do Céu veio uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual Eu pus o meu agrado”.

   Desde toda a eternidade, Deus concebeu a criação com o projeto, por assim dizer, de engendrar filhos para Si. Isso se fez possível com a maravilha sobrenatural da graça – sexto plano da criação -, pela qual as criaturas racionais participam da própria vida de Deus e se tornam seus filhos.

   Ora, o supremo arquétipo desta filiação divina autêntica é Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho por excelência, inimaginável, insuperável, conforme o Pai revela na teofania posterior ao Batismo: “Este é o meu Filho amado, no qual Eu pus o meu agrado”.

O Batismo de Jesus, que a Igreja comemora neste dia, abre as portas para a instituição do Batismo sacramental.

   Conforme comenta São Tomás: “Para que algo seja aquecido, deve sê-lo pelo fogo, pois só se obtém a participação em algo através daquilo que tem a mesma natureza; assim também a adoção filial deve ser feita por meio do Filho, que o é por natureza”.

    Se alguém transformasse um pedregulho em colibri, faria um milagre muito menor do que o operado no Batismo. Entre a pedra e o colibri há certa proporção, pois ambos pertencem à natureza material. Mas, tornar uma criatura humana partícipe da natureza divina é um salto infinito, que Nosso Senhor nos concede com o Batismo.

   Neste mundo, quantas vezes as pessoas anseiam por conseguir uma vaga num colégio, num emprego, num clube, ou em outros lugares que as possam prestigiar. Ora, no Céu temos reservada uma vaga eterna, um trono extraordinário, uma coroa de glória, a partir do momento em que as águas batismais nos caem sobre a cabeça, constituindo-nos herdeiros de Deus e garantindo-nos o convívio com Ele na felicidade sem fim.

   E o grande problema de nossos dias é ter sido esquecida esta verdade. Vivemos numa civilização feita de pecado, especialmente a impureza, a revolta contra Deus e o igualitarismo. Nela, a humanidade ignora o que há de principal na existência: o chamado para essa filiação divina.

   Quanto precisaríamos crescer na devoção ao nosso Batismo pessoal, ao Batismo dos outros com quem nos relacionamos! Que veneração deveríamos conservar pela pia batismal onde fomos batizados! Como teríamos de celebrar com fervor o dia do nosso Batismo, considerando-o muito mais importante do que o próprio dia do nascimento, porque nele nascemos para a vida sobrenatural, nascemos para o Céu!

   Eis a maravilha que nos lembra a festa do Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Obra consultada:

DIAS, João S. Clá, O Inédito sobre os Evangelhos Vol I, Libreria Editrice Vaticana, Città del Vaticano, 2013

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Conhecendo a Cidade de Garanhuns

8 de Janeiro

Conhecemos também  um pouco dos pontos históricos desta “Cidade das Flores”, e não é a toa que ela leva este nome; com seus canteiros e praças cheias das mais ricas e coloridas flores que bem merecem ficar registradas nesta missão. Fomos também no Cristo do Magano: uma belíssima imagem do Salvador que fica no ponto mais alto da cidade, de onde se tem uma vista privilegiada.

Não podíamos deixar de visitar o Relógio das flores ( não estou enganado, é um relógio de flores mesmo) , que fica na Praça Tavares Correia.

Por fim, fizemos uma peregrinação ao Santuário da Mãe Rainha três vezes admirável de Schoenstatt.  Um lugar de verdadeiro encanto por suas flores, com muita benção e serenidade; e uma  paisagem de admirar.

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Segundo e Terceiro dia de Missão Mariana em Garanhuns

7 e 8 de Janeiro

Favorecida pelo clima ameno da “Cidade das Flores”, a missão nestes dois últimos dias contemplou os moradores da COHAB III. Após a benção do envio, os jovens missionários partiram em direção a sua área de trabalho. Não poucas foram as pessoas que, tocadas pela presença da imagem de Nossa Senhora, demonstraram sua emoção e seu contentamento ao receberem os jovens missionários. A cada momento o Oratório Peregrino de Nossa Senhora de Fátima vai ganhando mais almas de fiéis que lhe prestarão louvor todo mês, recebendo-o em suas casas.

Os fieis também tiveram a oportunidade de se reconciliar com Deus através do Sacramento da Confissão, ministrado pelos padres dos Arautos do Evangelho que estiveram o dia todo presentes na Capela de Nossa Senhora de Lourdes para este fim.

Na quarta feira, antes da missa, realizou-se uma animada procissão luminosa que, partindo da praça da COHAB, se dirigiu até a capela de Nossa Senhora de Lourdes onde, logo em seguida, foi celebrada a Santa Missa.

Que nestes poucos dias que nos restam Deus e Nossa Senhora concedam especiais graças a todas as pessoas que serão visitadas; para que não só abram as portas de suas casas, mas que sobretudo abram as portas de seus corações para que a Santíssima Virgem ali estabeleça a sua morada.

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