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Tríduo Pascal na sede dos Arautos em Recife

29 de março a 1º de abril de 2018

Vigília Pascal – Cântico do “Exultet”

A vida dos homens e a sua ação neste mundo terminam-se com a morte; mas, ao contrário, a vida de Jesus e o seu reinado na Terra começam no momento em que morre pela salvação do mundo. Naquele dia, seu Pai investiu na realeza sobre essa raça de Adão, que Jesus acabava de arrancar à morte e ao inferno. E por isso, a cruz, que foi o instrumento da sua vitória, tornar-se-á o estandarte do seu reinado, “vexillla regis”, e por ela vencerá a todos os povos: Judeus, Romanos e Bárbaros. E eis aí porque Jesus suspirava pelo batismo de sangue: “Quando for levantado entre o céu e a terra, dizia Ele, hei-de atrair tudo a mim. ”[1]

Grande número de fiéis participou das celebrações do Tríduo Pascal na sede dos Arautos do Evangelho, em Recife. Na Quinta-Feira Santa, a Liturgia da Igreja relembra a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Ao mesmo tempo, no final da Missa, o altar é despojado de todos os ornamentos, símbolo da traição de Judas, do abandono dos apóstolos e do início da Paixão. Na Sexta-Feira Santa foi cantado o Evangelho da Paixão e realizada a adoração à Santa Cruz, instrumento de nossa Redenção. Finalmente, na Vigília Pascal é lembrada gloriosa Ressurreição do glorioso triunfo do Salvador e o seu triunfo definitivo sobre o pecado e a morte, conforme comenta o professor Plínio Corrêa de Oliveira: “A Santa Igreja se serve das alegrias, vibrantes e castíssimas da Páscoa, para fazer brilhar aos nossos olhos, mesmo nas tristezas da situação contemporânea, a certeza triunfal de que Deus é o supremo Senhor de todas as coisas, de que seu Cristo é o Rei da glória, que venceu a morte e esmagou o demônio, de que a sua Igreja é rainha de imensa majestade, capaz de se reerguer de todos os escombros, de dissipar todas as trevas, e de brilhar com mais luzidio triunfo, no momento preciso em que parecia aguardá-la a mais terrível, a mais irremediável das derrotas.” [2]

[1] Berthe, A., “Jesus Cristo – Sua vida, sua paixão, seu triunfo”, Einsiedeln, 1925, p. 421, 430-432.

[2] Corrêa de Oliveira, Plínio. “Páscoa”, in “O Legionário”, nº 660, 1/4/1945

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