Conclusão do Curso de Férias: “O rei e o menino”
19 e 20 de janeiro de 2013
Uma bela metáfora foi apresentada em forma de peça teatral encerrando esses abençoados dias do Curso de Férias.
“Imaginemos um monarca, viúvo, cujo filho único e herdeiro morreu ainda criança, o resto de sua família se extinguiu sem descendência e, portanto, não há quem dê continuidade à dinastia. Entretanto, por uma dessas coincidências existentes na natureza, reside na mesma cidade um menino que, embora de traços fisionômicos semelhantes aos do falecido príncipe, não tem com a casa real nenhum parentesco”[1]
Impressionado por essa semelhança, o monarca decide adotar o menino como filho. O simples filho de um camponês passa ser o herdeiro do trono! Passa a morar no palácio real e a receber a esmerada educação para ser um dia o monarca daquele povo.
Com o passar dos anos, porém, “no espírito do monarca nasce uma interrogação: ‘Esse menino me quererá verdadeiramente bem? Ser-me-á agradecido pelo que recebe de mim? Tornar-se-á digno de um dia dirigir meu reino? Ou é um ingrato que me agrada por interesse momentâneo, e, no fundo, não me tem sincera amizade? Para conhecer as respostas a essas indagações, vou submetê-lo a uma dura prova, pois se não o fizer, minha generosidade pode significar grande estultice. Mas, se corresponder às esperanças nele depositadas, dar-lhe-ei coisas ainda melhores e mais abundantes”[2]
O jovem príncipe é então submetido a duras provas: o monarca pede-lhe que estude a história de reis destronados, para conhecer as durezas e provações da condição régia. Como segunda prova, o rei aparenta ser-lhe indiferente, não ter para com ele a mesma estima. Como terceira e última provação ordena-lhe que vá a um país distante e se ofereça como refém para a libertação de um prisioneiro. O jovem, inteiramente fiel ao rei, parte imediatamente. Os guardas do palácio porém, prevenidos pelo soberano, não o deixam sair e transmitem a ordem do rei que o o príncipe deve voltar. O rei então o acolhe com trasbordamento de afeto e tendo a certeza de que aquele jovem é um digno herdeiro do reino.
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Essa metáfora assemelha-se à história de todo batizado. Elevado pela graça à condição de filho de Deus e herdeiro do Céu, recebe gratuitamente de Deus um tesouro muito maior do que ser herdeiro de um trono. Mas, assim como o rei dessa metáfora, Deus quer provar o nosso amor. “É o Pai-Rei que adotou o filho plebeu, cumulou-o de bens, mas, agora, deseja uma prova de gratidão. (…) Dessa forma o filho cumulado de graças e dons restituiu o que recebeu. E torna-se pronto para que Deus lhe envie outras provações nas quais dará novas manifestações de heroísmo. E após a sua morte, pelos rogos misericordiosos de Maria Santíssima, Nosso Senhor o introduzirá no Paraíso, dizendo: ‘Eis um combatente a mais neste universo de heróis que é o Reino dos Céus!'”[3]
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Nesses dias, os jovens pernambucanos puderam conhecer também as obras da futura sede dos Arautos “Lumen Prophetae” e a casa “Nossa Senhora da Divina Providência”
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