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Graus da Santa Paixão

Via Sacra - Catedral Metropolitana - Birmingham- Reino Unido

Fonte: Antiga devoção, também conhecida como Escala da Paixão. Deve ser rezada mais como oração mental, fazendo-se composição de lugar e meditação de cada Passo da Paixão.

Ó dulcíssimo Jesus, que, triste no horto, orando ao Pai, agonizastes e suastes Sangue, tende piedade de nós!

Ó dulcíssimo Jesus, pelo ósculo do traidor fostes entregue nas mãos dos ímpios, preso e amarrado como um ladrão e abandonado pelos discípulos, tende piedade de nós!

Ó dulcíssimo Jesus, que fostes pelo iníquo concílio dos judeus proclamado réu de morte, conduzido a Pilatos como um malfeitor e pelo iníquo Herodes desprezado e zombado, tende piedade de nós!

Ó dulcíssimo Jesus, que fostes despojado dos vestidos e crudelissimamente flagelado na coluna, tende piedade de nós!

Ó dulcíssimo Jesus, que fostes coroado de espinhos, esbofeteado, batido com uma cana, tivestes os olhos vendados, fostes vestido de púrpura por escárnio, de muitas maneiras zombado e saturado de opróbrios, tende piedade de nós!

Ó dulcíssimo Jesus, que fostes posposto ao ladrão Barrabás, reprovado pelos judeus e injustamente condenado morte de cruz, tende piedade de nós!

Ó dulcíssimo Jesus que, carregado do madeiro da Cruz, fostes conduzido ao lugar do suplício como cordeiro à morte, tende piedade de nós!

Ó dulcíssimo Jesus, que fostes contado entre os ladrões, blasfemado, abeberado de fel e vinagre e com horríveis tormentos crucificado sobre a Cruz, desde a hora sexta até a hora nona, tende piedade de nós!

Ó dulcíssimo Jesus, que morto no patíbulo de Cruz e ferido pela lança diante de vossa Santa Mãe, emitistes da ferida Sangue e água, tende piedade de nós!

Ó dulcíssimo Jesus, que tirado da Cruz, fostes regado pelas Lágrimas de vossa aflitíssima Mãe, tende piedade de nós!

O dulcíssimo Jesus que, coberto de feridas e assinalado com cinco Chagas, fostes ungido de aromas e depositado no Sepulcro, tende piedade de nós!

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As três vindas de Jesus

29 de Dezembro de 2014

    No dia 25 de Dezembro comemoramos uma das principais festas da liturgia, a vinda do

Primeira vinda de Jesus

Redentor ao mundo. Sabemos que Ele veio realmente e foi reclinada numa manjedoura, tendo como companhia sua Mãe, Maria Santíssima ao lado de seu castíssimo esposo, São José. Temos bem presente que Ele ainda há de vir a julgar os vivos e os mortes nos últimos tempos. Além destas duas vindas, existe uma terceira; intermediária entre elas. Eis como nos explica o grande santo mariano, São Bernardo de Claraval:

    “Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas esta, não. Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que viram-no e não o quiseram receber. Na última, todo homem verá a salvação de Deus (Lc 3,6) e olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o vêem em si mesmo e recebem a salvação. Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória.

    “Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última; na primeira, Cristo foi nossa Redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária, é nosso repouso e consolação.

Última vinda de Jesus

    “Mas, para que ninguém pense que é pura invenção o que dissemos sobre esta vinda intermediária, ouvi o próprio Senhor: Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos a ele (cf. Jo 14,23). Lê-se também noutro lugar: Quem teme a Deus, faz o bem (Eclo 15,1). Mas vejo que se diz algo mais sobre o que ama a Deus, porque guardará suas palavras. Onde devem ser guardadas? Sem dúvida alguma no coração, como diz o profeta: Conservei no coração vossas palavras, a fim de que eu não peque contra vós (Sl 118,11).

    “Guarda, pois, a palavra de Deus, porque são felizes os que a guardam; guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntimo de tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem e tua alma se deleitará na fartura. Não esqueças de comer o teu pão para que teu coração não desfaleça, mas que tua alma se sacie com este alimento saboroso.

    “Se assim guardares a palavra de Deus, certamente ela te guardará. Virá a ti o Filho em companhia do Pai, virá o grande Profeta que renovará Jerusalém e fará novas todas as coisas. Graças a essa vinda, como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste (1Cor 15,49). Assim como o primeiro Adão contagiou toda humanidade e atingiu o homem todo, assim agora é preciso que Cristo seja o Senhor do homem todo, porque ele o criou, redimiu e o glorificará.”

    Nesta oitava de Natal – em que ainda sentimos misticamente as graças sensíveis desta primeira vinda –  imploremos a Deus, aos rogos de Nossa Senhora e São José, para que Jesus vindo uma segunda vez não encontre as portas do nosso coração fechadas.

Fonte: Dos Sermões de São Bernardo, abade In: Sermo 5, 1-3: Opera ominia, Edit. cisterc. 4 [1966], 188-190.

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A iniquidade muda-se em inocência

   26 de Dezembro de 2014

    Após ser introduzido o homem no Paraíso, foram-lhe outorgados inúmeros benefícios, decorrentes de sua santidade e inocência originais. Contudo, toda essa ordem e harmonia, reinantes em uníssono com o esplendor interior de Adão, foram rompidas com o pecado. A desobediência acarretou para si e para toda a sua posteridade graves consequências. O que faria Deus, uma vez que criaturas suas pereciam e as obras divinas precipitavam-se na ruína?

    “Doente, nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um libertador. Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus a ponto de fazê-lo descer até nossa natureza humana para visitá-la, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz?[1]”.

    Pelo seu amor incomensurável, Deus enviou Seu próprio Filho para salvar a Humanidade… por meio da cruz. Acercando-nos do presépio encontramos um Menino envolto em faixas e reclinado numa manjedoura. Ao seu lado, Maria Santíssima e São José. Para seu aconchego, um boi e um burro. Comodidade: nenhuma. Nasceu em extrema pobreza e no completo olvido daqueles que detinham os poderes do mundo. Entretanto, este mesmo menino, na aparência tão frágil, marcaria o rumo da História e o destino da Humanidade. Ele, o Verbo Eterno do Pai, de invisível, faz-se visível; de Senhor, escravo. Amou-nos de tal forma que nasceu no tempo aquele que criou os tempos; e o que era mais antigo que o mundo, foi menor em idade que muitos de seus servos.

    Em meio às festividades dessa esplendorosa a noite de Natal, a liturgia celebra: “Oh! Magnum mysterium!” Que mistério? O mistério do amor divino. Para livrar o homem da morte eterna, Deus se faz homem, de tal maneira revestindo-se de nossa pobreza, que permanecendo como era e assumindo o que não era, uniu a verdadeira forma de servo àquela outra forma pela qual é igual a Deus. Ajuntando tudo numa só Pessoa, a majestade é tomada pela humildade; a fortaleza, pela debilidade; a eternidade, pela mortalidade, e, para pagar a dívida de nossa condição, uma natureza inviolável é unida a uma natureza passível; um Deus verdadeiro e homem verdadeiro se condensa num só Senhor, Jesus Cristo, por amor aos homens e em resgate de todos.

    Sobrepujando tanta maravilha, com o nascimento de Nosso Senhor somos engendrados sobrenaturalmente. “Nascendo como homem verdadeiro, deu origem em si a uma nova geração, e com a forma de seu nascimento deu princípio espiritual ao gênero humano… por meio de um nascimento sem semente de pecado para os regenerados; dos quais se diz ‘não nascerem do sangue, nem do querer da carne, nem da vontade, senão que nascem de Deus (Jo 1,13)’[2]”. A iniquidade muda-se em inocência; os estranhos passam a ser adotados, e os forasteiros entram a tomar parte da herança. De ímpios começam a nascer justos, de terrenos se fazem celestiais. Com precisão afirma São Leão Magno: “que dignidade de nossa natureza, que, corrompida em Adão, foi reformada em Cristo!”.

    Nessa atmosfera festiva em que o Natal nos proporciona, nossas almas são convidadas a impostar-se à altura concernente a tamanha sublimidade, com os horizontes grandiosos que a Redenção nos traz. Mais que uma preparação exterior, com seus aspectos físicos e materiais, faz-se mister um recolhimento interior bem levado, para que o Menino Jesus, nascendo liturgicamente, possa nascer também em nosso templo interior, com profícuos frutos de graça e santidade.

Por Raphaela Thomaz In: Jornal do Estudante Chez Nous


[1] São Gregório de Nissa

[2] São Leão Magno

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Nossa Senhora Aparecida

09 de Outubro de 2014

    Se é verdade que o Brasil nasceu à sombra da Cruz, também é certo que se organizou, cresceu e prosperou sob o amparo da Santíssima Mãe, ternamente venerada e invocada sobre diversos títulos, cada um mais belo e expressivo que o outro.

    As três caravelas da armada que chegava ao Brasil puderam contemplar no céu o sinal que ostentavam não só nas velas das embarcações, mas também nas almas batizadas, a Cruz! Era o Cruzeiro do Sul, estrelas que iluminavam o caminho dos colonizadores. E, “de pé, junto a Cruz, estava Maria, a mãe de Jesus”. Impossível separar Maria da Cruz de seu Filho. E desta forma, com o passar dos tempos o território nacional foi se enchendo de inúmeras igrejas dedicadas à Mãe de Deus, desde o Prata até o Amazonas, do Atlântico às cordilheiras. Não são apenas edifícios, mas sim cânticos vivos e eloquentes de amor e devoção do povo brasileiro à sua augusta Soberana e carinhosa Mãe. E entre os títulos prevalece em maior número o da Imaculada Conceição.

    Em 1717, no mês de Outubro, apareciam novas estrelas. Já não as do Cruzeiro do Sul, mas as doze estrelas da Virgem, eleita como Sol, bela como a Lua, terrível como um exército em ordem de batalha. Das águas do rio Paraíba era retirada a pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição, agora, Aparecida! Quem poderia prever a torrente de piedade e graças reservadas ao Brasil por intercessão da Senhora Aparecida?

Milagres

Libertação de um Escravo

Certa vez, um escravo, de nome Zacarias, fugiu de uma fazenda no Paraná e foi capturado no Vale do Paraíba. Estando todo preso por cadeias no pescoço e nos pulsos, ao passar perto da primeira capelinha dedicada a Virgem Aparecida, fez ele uma oração cheio de confiança a bondosíssima Mãe de Deus. Rezou com tanto ardor diante daquela imagenzinha que as correntes e argolas se soltaram, caindo aos seus pés. Zacarias foi um grande devoto de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e um entusiasmado propagador da devoção a Ela.

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        Cura de uma menina cega de nascença

    Dona Gertrudes Vaz morava com sua filha cega de nascença em Jaboticabal, no interior de São Paulo. Conhecendo os inúmeros casos de milagres concedidos pela Virgem Aparecida, a menina sempre pedia à mãe para irem em peregrinação até o local. Apesar de não terem os recursos para esta longa viagem, a mãe dela consentiu em partir, pedindo esmolas pelo caminho para se manterem.

    Após semanas de penosa viagem, já bem próximo de Aparecida, a menina que era cega desde o nascimento, exclama: – Olha mãe! Aquilo não será a igreja de Nossa Senhora Aparecida?

    Muito emocionada, a mãe pergunta: – Então, minha filha, você está enxergando?

    – Perfeitamente, mamãe! – respondeu a menina – de repente veio uma luz que clareou a minha vista.

Este caso deu-se no ano de 1874.

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Serra Elétrica

     Na povoação de Aparecida, localizada no Estado de Goiás, estava o Sr. José Cândido de Queiroz fazendo uma revisão na maquina de serra, pois ele tinha o ofício de serrador. Mas, por acaso, seu braço ficou preso bem na hora que a máquina estava em seu pleno funcionamento. Mais uns instantes e seu braço seria forçosamente decepado pela serra. Neste momento ele só se lembrou de recorrer a Virgem Mãe Aparecida, e no mesmo instante a serra parou miraculosamente, sem intervenção humana.

Este milagre aconteceu no dia 12 de Julho de 1936

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“Valha-me Nossa Senhora Aparecida”

    Deu-se na fazenda das Araras, não muito longe da cidade de Piu-í, em Minas Gerais. Tiago Terra, que se dirigia aquela fazenda, foi surpreendido por um barulho que logo pôde saber quem o produziu: uma enorme onça que procurou ataca-lo. Não encontrando outra saída para o caso, bradou aos céus: “Valha-me Nossa Senhora Aparecida!” Assim, a onça tomou o caminho pela direita dele e seguiu seu caminho, deixando Tiago ileso.  Se Nossa Senhora atende ao pedido de um homem, para que afastasse uma fera que faria mal ao corpo dele, imagine se nós recorrermos a Ela para que nos afaste das ciladas do demônio!

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Enfim… a simples recordação destes fatos conforta e enche de suave alegria a alma e a obriga a louvar e engrandecer ao Senhor, fonte de onde jorra todo bem, e a Virgem Imaculada, medianeira e dispensadora carinhosa de suas graças.

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!

Por Vitor Dias

Conheça mais sobre a história e milagres de Nossa Senhora Aparecida clicando aqui!

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