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Botas limpas e vestes alvejadas

01 de Agosto de 2013

by Diego Maciel

           Quem nunca sonhou em viajar para Inglaterra e conhecer os monumentos que testemunharam seu passado glorioso? Conhecer o Big-Ben, o palácio de Buckingham ou ver a família real? Quem nunca pensou em passear pelas praças e jardins da capital inglesa? Esses são atrativos que, sem dúvida, nos deixam com vontade de preparamos uma viagem hoje mesmo. Entretanto, existe um atrativo que mais chama a atenção dos turistas que por lá vagueiam: a Brigada de Guardas da Rainha.

            Esses soldados conseguem, por seu porte e disciplina, manifestar o espírito e o temperamento da nação inglesa. Com sua túnica escarlate e altos capacetes de pele de urso, eles são os responsáveis por manter a guarda nas residências reais.

            Apesar de assumirem tão prestigioso encargo, estes soldados, em tempo de guerra, são escolhidos para as mais perigosas missões nas linhas de frente.

            Como “um rei nunca perde a majestade”, estes homens levam sua disciplina até o mais alto grau, vejamos:

            “Os Guardas morram de botas limpas” é um dos ditos da Brigada. Na luta na Itália, um sargento andava por entre os buracos de proteção individual, encarando as balas, para exortar os seus soldados a se lembrarem de que eram Guardas e por isso deviam manter o capacete direito na cabeça.

            Durante a angustiosa retirada através da França, em 1940, eles aguentaram firmes, durante três dias, retendo na retaguarda o avanço alemão e tornando possível a retirada do Exército Britânico por Dunquerque. Apenas na undécima hora é que os Guardas se retiraram, marchando para a praia no auge dum ataque aéreo, com as botas luzidias e os botões brilhando.¹

*       *        *

            Isso nos faz lembrar o exemplo que os santos  nos deixaram, pois “usando deste mundo, como se dele não usassem” passaram pelas batalhas da vida, sem entretanto se contaminarem com os prazeres terrenos. Renunciaram a si mesmo tomaram sua cruz e seguiram a Jesus, pois a figura deste mundo passa, mas “a Vossa palavra Senhor, permanece eternamente”.

            Peçamos a Nossa Senhora a insigne graça da santidade e que na hora de nossa morte, ao  ouvirmos do Supremo Juiz, a frase que decidirá nossa eternidade – quem sois e que fizestes? – possamos ouvir dos doces lábios de Maria: “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro“( Ap 7,14).

¹COLLIER, Richard. In: Seleções Reader’s Digest, nº 166 – nov. de 1955 – p. 46

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